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Marina Silva vira ré em ação sobre acidente aéreo que matou Eduardo Campos

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Gustavo T. de Miranda – A Tribuna

Candidata derrotada à Presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Marina Silva está entre os réus do mais recente processo judicial ligado ao acidente aéreo no Boqueirão, em Santos.
Na tragédia, em 13 de agosto do ano passado, morreram o ex-governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB Eduardo Campos, quatro assessores do candidato, o piloto e co-piloto.
A ex-candidata à presidência foi citada como ré na ação movida or familiares do piloto Marcos Martins

A ex-candidata à presidência foi citada como ré na ação movida or familiares do piloto Marcos Martins

No Direito Trabalhista, os réus das ações são geralmente os empregadores (patrões). Neste caso, Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima – nome completo da ex-senadora – é citada como ré na ação movida por familiares do piloto Marcos Martins. Também figuram como réus a AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda (empresa registrada como dona do Cessna Citation 560 XL acidentado), o PSB e os empresários Apolo Santana Vieira e João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho.
A ação é mais um capítulo da novela sobre as responsabilidades em torno do acidente aéreo. Uma audiência una – em que devem participar todas das partes citadas – já foi marcada pela Justiça do Trabalho. O encontro de réus, familiares do piloto Martins e seus respectivos advogados deve acontecer em 16 de julho, às 10h40, no Fórum Trabalhista da Barra Funda, na Capital.
Vários responsáveis
A ação, assinada pelo advogado Antonio José Ribas Paiva, pede indenização por danos materiais e morais aos familiares do piloto, além do reconhecimento de vínculo empregatício. “Os danos materiais são muito simples de calcular. Você pega a expectativa média de vida do brasileiro e reduz a idade do piloto. O brasileiro médio vive 74 anos. Ele tinha 42. Pedimos 32 anos de salário que essa família, com filhos menores, deixará de receber”, explica Paiva.
O dano moral, como é determinado pelo juiz que analisa o caso, depende exclusivamente da avaliação do árbitro. Na petição, o advogado estipula que a AF Andrade e Empreendimentos, empresa no nome da qual a aeronave estava registrada junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é a principal responsável por indenizações do acidente. “O Código Brasileiro de Aviação ampara isso. A responsabilidade objetiva é da empresa transportadora”, diz.
O advogado afirma seguir a legislação aeronáutica, que obriga que uma ação em busca de indenizações em casos de acidentes aéreos seja tratada na Justiça do Trabalho. “Parte-se do princípio que se a transportadora é responsável objetiva, quem estiver prestando serviço em nome da transportadora tem vínculo empregatício com ela”, diz o defensor.
Muitos responsáveis
Os nomes de Marina Silva, Apolo Santana, João Carlos Lyra e do PSB aparecem na petição como responsáveis subsidiários, ou seja, que assumiriam as responsabilidades do réu principal quando ele não tem condições de arcar com as indenizações. “A ré principal é a AF Andrade. No entanto, como sabemos que existem processos de recuperação judicial, indicamos os responsáveis que devem ser acionados caso ela não tenha condições de honrar essas indenizações”, fala Paiva.
Segundo o advogado, é como quando uma empreiteira deixa de pagar seus funcionários e os empregados cobram, na Justiça, a dívida de quem contratou a empresa.
A assessoria de imprensa de Marina Silva, que está nos Estados Unidos, afirmou que a ex-senadora não havia sido comunicada da citação. Por e-mail, A Tribuna pediu informações para o advogado responsável pela AF. Não houve resposta até o fechamento desta edição.
Outras três ações correm na Justiça
Exatos sete meses, hoje, depois do acidente aéreo no Boqueirão, começam a surgir as ações que engrossam a batalha judicial por indenizações para vítimas da tragédia. Além da ação trabalhista da família do piloto, outros três processos têm esse objetivo.
Em fevereiro, A Tribuna já havia noticiado o caso das três aposentadas moradoras de um apartamento no edifício mais atingido pelo Cessna Citation 560XL prefixo PR-AFA que ingressaram com uma ação de indenização por danos morais e patrimoniais.
Outras duas ações estão correndo na Comarca de Santos. Uma delas é movida pelo espólio de Evanir Jeronymo, na 4ª Vara Cível. Nesta, pede-se indenização por danos materiais e lucros cessantes. As ações ajuízam João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Apolo Santana Vieira e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) como réus.
O processo foi distribuído para o juiz Frederico dos Santos Messias e a ação tem um valor de R$ 133 mil.
A outra ação movida, no fim de fevereiro, é a do professor de Educação Física Benedito Juarez Câmara, dono da Academia Mahatma, interditada desde o fatídico acidente.
Como está privado de operar seu negócio, ele pede reparação de danos materiais e morais para a AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda e ao PSB.
Na ação, Juarez também pleiteia o pagamento de uma indenização dos lucros cessantes e pela impossibilidade do uso do imóvel. Ele argumenta que tinha alugado a academia para terceiros e vivia dessa renda.
A ação foi distribuída para a 9ª Vara Cível de Santos e deve ser julgada pela juíza Natália Garcia Penteado Soares Monti. O valor da ação, segundo o Tribunal de Justiça, é de R$ 1,8 milhão.

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Idaf alerta que prazo para declaração de rebanho e vacinação contra brucelose termina em 31 de dezembro

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Produtores rurais do Acre que não cumprirem a obrigação podem ter cadastro bloqueado, ficar sem Guia de Trânsito Animal e receber multa

A declaração é obrigatória para todos os animais de produção, incluindo bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos, equinos, asininos, muares e aves de produção. Foto: captada 

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) reforçou que o prazo para a declaração anual de rebanhos e para a vacinação contra brucelose termina no próximo 31 de dezembro. A orientação é para que os produtores rurais não deixem para a última hora, sob risco de bloqueio do cadastro, impedimento de emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) e aplicação de multas.

A declaração é obrigatória para todas as propriedades e deve incluir bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos, equinos, asininos, muares e aves de produção. Já a vacinação contra brucelose deve ser aplicada em fêmeas bovinas e bubalinas com idade entre 3 e 8 meses.

De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, Renan Viana, a brucelose é uma zoonose – pode ser transmitida a humanos –, o que reforça a importância da imunização.

— A declaração nos permite enxergar onde estão as propriedades, a quantidade de rebanho e proteger o patrimônio pecuário do Acre, que representa uma parcela importante do PIB do estado — destacou Viana.

O Idaf lembra que o cumprimento das campanhas evita transtornos, prejuízos financeiros e contribui para o controle sanitário do rebanho acreano, além de subsidiar políticas públicas e decisões estratégicas para o setor agropecuário.

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Sérgio Cunha Mendonça toma posse para terceiro mandato como procurador-geral do MPC-AC

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A sessão foi conduzida pela presidente do TCE-AC, conselheira Dulce Benício, e contou com a presença dos conselheiros Ronald Polanco, Valmir Ribeiro, Antonio Jorge Malheiro, Cristóvão Messias, da conselheira Naluh Gouveia e da conselheira substituta Maria de Jesus

O procurador-geral Mario Sérgio Neri parabenizou o novo procurador-geral e desejou uma gestão promissora reforçando o compromisso com a atuação do MP de Contas para assegurar a defesa do interesse público. Foto: captada 

O procurador Sérgio Cunha Mendonça tomou posse como Procurador-Geral do Ministério Público de Contas do Estado do Acre (MPC-AC) nesta quinta-feira, 18 de dezembro, durante sessão especial do Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC). Esta é a terceira vez que o membro assume a chefia do MPC-AC, agora para o biênio 2026/2027.

Na ocasião, o Procurador-Geral destacou o compromisso com o fortalecimento institucional do MPC-AC, a atuação integrada junto ao Tribunal de Contas e a defesa do interesse público, ressaltando a importância da transparência, da eficiência e do controle externo como instrumentos de aprimoramento da gestão pública.

“Quero agradecer por esses dois anos. Acho que foram anos muito abençoados. Conseguimos fazer muita coisa diante da nova estrutura que temos e, agora, precisamos entregar mais e trabalhar ainda melhor. Também agradeço a todos os colaboradores do Ministério Público de Contas que estão aqui participando desta solenidade. O trabalho de vocês é extremamente importante para que possamos cumprir o nosso papel”, afirmou em seu discurso de posse.

A sessão foi conduzida pela presidente do TCE-AC, conselheira Dulce Benício, e contou com a presença dos conselheiros Ronald Polanco, Valmir Ribeiro, Antonio Jorge Malheiro, Cristóvão Messias, da conselheira Naluh Gouveia e da conselheira substituta Maria de Jesus.

O procurador-geral Mario Sérgio Neri parabenizou o novo procurador-geral e desejou uma gestão promissora reforçando o compromisso com a atuação do MP de Contas para assegurar a defesa do interesse público.
“Hoje não se encerra apenas um ciclo de gestão, mas se reafirma um compromisso que permanece: o pertencimento a esta instituição, que é maior do que qualquer mandato. Cada decisão e cada desafio enfrentado foram guiados pelo propósito de fortalecer o Ministério Público de Contas como guardião da transparência e da justiça perante o Tribunal. Saio do cargo, mas sigo parte desta missão coletiva, porque pertencemos à defesa do interesse público”, declarou.

A presidente do TCE-AC, conselheira Dulce Benício, também destacou a atuação do procurador que encerra o mandato e deu as boas-vindas ao novo gestor.

“O Dr. Mario realizou uma condução brilhante à frente do Ministério Público de Contas nesses dois anos, contribuindo com sua sabedoria e experiência para o fortalecimento dos nossos processos. Da mesma forma, damos as boas-vindas ao procurador Sérgio Cunha, desejando êxito na nova gestão”, afirmou.

Para o mesmo biênio, também foram designados os seguintes procuradores para cargos no âmbito do Ministério Público de Contas:
• Procurador-Geral Adjunto: João Izidro de Melo Neto;
• Titular da 1ª Câmara e Corregedora: Anna Helena de Azevedo Lima;
• Titular da 2ª Câmara e Ouvidor: Mario Sérgio Neri de Oliveira.

Sobre o Procurador-Geral

Sérgio Cunha Mendonça é graduado em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro e em Direito pela Universidade Federal do Acre (UFAC), com especialização em Direito Constitucional pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

Ingressou no Tribunal de Contas do Estado do Acre em 2005, após aprovação em concurso público para o cargo de Procurador do Ministério Público de Contas.

Construiu trajetória profissional diversificada nas áreas administrativa, jurídica e de gestão pública, com atuação no planejamento governamental, administração pública, assessoria jurídica, licitações, segurança pública e controle institucional em órgãos como a Secretaria de Estado de Planejamento, na Dataprev, no Governo do Estado do Acre, e Procuradoria-Geral do Município de Rio Branco.

No âmbito do Ministério Público de Contas, exerceu a função de Procurador-Chefe nos biênios 2010/2011 e 2018/2019

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Mega da Virada: Ninguém nunca ganhou prêmio sozinho; veja maiores valores

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A Caixa Econômica já anunciou que a Mega da Virada deste ano terá o maior prêmio da loteria, R$ 850 milhões.

A Portaria SPA/MF número 1.656, publicada pelo Ministério da Fazenda, aumentou o percentual para os acertadores das seis dezenas de 62% para 90% do total da premiação, o que possibilita que o montante do prêmio principal atinja cifras bilionárias.

Com isso, esta Mega Sena pode chegar a até R$ 1 bilhão.

Como de praxe em concursos especiais, o prêmio principal da Mega da Virada não acumula.

Portanto, se não houver ganhadores na 1ª faixa de 6 números, o prêmio será dividido entre os acertadores da 2ª faixa de 5 números e assim por diante, conforme as regras da modalidade.

O maior prêmio até então foi pago na edição de 2024, quando oito apostas dividiram mais de R$ 635 milhões.

Na Mega da Virada, ninguém nunca levou o prêmio total sozinho.

Confira os maiores prêmios pagos pela Mega da Virada dos últimos anos:

2009: R$ 144,9 milhões

2010: R$ 194,3 Milhões

2011: R$ 177,6 Milhões

2012: R$ 244,7 milhões

2013: R$ 224,6 Milhões

2014: R$ 263,2 milhões

2015: R$ 246,5 milhões

2016: R$ 220,9 milhões

2017: R$ 306,7 milhões

2018: R$ 302,5 milhões

2019: R$ 304,2 milhões

2020: R$ 325,2 milhões

2021: R$ 378 milhões

2022: R$ 541 milhões

2023: R$ 588 milhões

2024: R$ 635 milhões

Histórico do sorteio

Desde 2009, a Caixa Econômica Federal já distribuiu aos vencedores o montante total de R$ 4,4 bilhões.

De acordo com a instituição, a edição de 2018 foi a que apresentou o maior número de bilhetes premiados, com 52 ganhadores. Na sequência, aparece a edição de 2017, com 17 “sortudos”. Os dois últimos concursos – 2022 e 2023 – registraram 5 ganhadores.

Desde sua criação, a Mega da Virada nunca saiu para um único apostador. As edições que tiveram o menor número de vencedores foram nos anos de 2021, 2020 e 2009, com 2 ganhadores.

Prazos

As casas lotéricas e aplicativos receberão as apostas até 31 de dezembro, dia em que é realizado o sorteio.

Apostadores poderão realizar apostas até às 20h30, uma hora a mais do que o limite habitual.

Valores

O valor da aposta simples, com seis números, custa R$ 6.

Para participar de um bolão, ou seja, realizar apostas em grupo, é possível adquirir cotas organizadas pelas lotéricas, que podem ter uma tarifa de serviço adicional.

Também é possível comprar cotas pelo portal ou aplicativo Loterias Caixa. Quando o bolão é organizado pelo próprio apostador não é cobrada tarifa de serviço. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica.

​Na Mega-Sena, é possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas, com até 10 apostas por recibo.

No caso de bolão com mais de uma aposta, todas elas deverão conter a mesma quantidade de números de prognósticos.

Novidades

Como citado anteriormente, este é o maior prêmio na história das Loterias e 33% superior ao valor pago na edição do último ano.

A Caixa realizou alterações nas regras da Mega da Virada em agosto deste ano. Agora, quem acertar as 6 dezenas poderá conquistar uma premiação histórica, de até R$ 1 bilhão, dependendo do sucesso da arrecadação.

A outra novidade é que, a partir da próxima segunda-feira, o horário para realizar apostas da Mega da Virada será ampliado. Os apostadores passam a ter uma hora extra para a compra dos bolões através do aplicativo ou portal Loterias CAIXA, até às 20h30.

Como apostar

As apostas podem ser realizadas nos canais oficiais das Loterias CAIXA:

Lotéricas;

Portal Loterias CAIXA;

Aplicativo Loterias CAIXA;

Internet Banking CAIXA, exclusivo para correntistas da CAIXA.

 

 

Fonte: PCAC

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