O protesto organizado pelo PT do Acre em frente ao Palácio Rio Branco na última sexta (4), para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrou algumas irregularidades. Dentre elas, a origem da energia usada para alimentar os equipamentos de som. Em vídeo, gravado pela reportagem da ContilNet, é possível constatar que a afiação instalada para realização do ato foi ligada à rede pública de energia. Para tal façanha, a organização pode ter recorrido ao famoso “gato”, ou seja, furto de energia, o que é tipificado como crime.
Para o diretor comercial da Eletrobras Distribuição Acre, Roberto Monteiro, a ação foi ilegal e perigosa. Ele afirma também que essa conta alguém deveria pagar. Ele explica como a organização do ato deveria proceder em casos como este.
“Qualquer interessado em fazer esse tipo de ligação deve protocolar um pedido de ligação provisória, para que nós possamos tomar providências. Nesse protocolo, o solicitante deve informar dados como tempo de uso, fins e outros. Foi um ato ilegal e perigoso. Somente pessoas autorizadas pela Eletrobras podem fazer esse tipo de ligação. O ato poderia ter acarretado prejuízos incontáveis e colocou em risco a segurança, tanto de quem fez as ligações sem autorização ou acompanhamento da Eletrobras, como de quem participou do ato”, diz Monteiro.
O diretor pede também para que, caso alguém tenha informações sobre ligações clandestinas, se dirija á sede da Eletrobras e registre denúncia.
O diretor não soube informar o responsável pelas ligações. A reportagem entrou em contato com o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre, Ermício Sena, para falar sobre o assunto, mas o petista se recusou a conversar com ContilNet.
