Por Aline Nascimento
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Acre (Sintesac) divulgou, na segunda-feira (23), uma nota de repúdio pela suspensão do pagamento do Auxílio Temporário de Emergência em Saúde (ATS) de R$ 420 para quase dois mil servidores da pasta.
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A reportagem entrou em contato com a a porta-voz do governo, Mirla Miranda, e foi informado que o governador está em reunião com a categoria e que posteriormente deve se posicionar.
O benefício foi aprovado pelos deputados do Acre para os servidores da Saúde e da Segurança Pública como ajuda financeira durante a pandemia.
O projeto inicial previa o pagamento do adicional auxílio apenas para a Segurança Pública, porém, os deputados emendaram, incluindo o Pró-saúde e o Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-AC).
Contudo, o ATS para os que não estão incluídos nessa lista, como: maqueiros, lavandeiras, secretarias, pessoal de manutenção, entre outros, não foi renovado.
“Ontem [domingo, 22] perdemos um colega que agendava a consulta, não ganhava a insalubridade, mas o auxílio, e morreu depois de dez dias internado no Into acometido de Covid-19. Pegou a doença no exercício. Os profissionais precisam desse auxílio e serem valorizados, não só o pessoal da assistência, mas do apoio também”, criticou o diretor do Sintesac, Jean Lunier.
Em nota, o governo relembrou que a lei do auxílio era válida apenas por 90 dias, podendo ou não ser prorrogada por mais 30 dias. A nota destaca também que o Estado gastou mais de R$ 2 milhões pagando o auxílio para mais de dois servidores da saúde.
O presidente do Sintesac afirmou também que procurou uma resposta na Secretaria de Saúde (Sesacre), na Casa Civil e no gabinete do governador, mas não recebeu nenhuma resposta concreta.
“Procuramos o secretário de saúde, que ficou de dar uma resposta na quarta [25], procurei a Casa Civil, na pessoa do Ribamar Trindade, mas parece que está em transição, não vai ser mais ele o chefe e procurei o gabinete e nada”, afirmou.