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Mãe desesperada em Feijó luta na Justiça para recuperar filhos após agressão em momento de desespero

Conselho Tutelar retirou crianças após caso de violência, mas mãe alega arrependimento e pede ajuda; MP já se manifestou a favor da reintegração, mas decisão judicial ainda pendente

O pai das crianças confirma que Luzineuda nunca teve histórico de violência contra os filhos. Foto: captada 

Luzineuda Almeida, moradora de uma área de risco no município de Feijó, vive um drama familiar após perder a guarda dos dois filhos. A mulher, que agrediu as crianças em um momento de desespero, agora luta na Justiça para tê-los de volta. O caso expõe falhas no sistema de proteção à infância e gera revolta na comunidade.

Desespero e agressão

Luzineuda contou que, após os filhos desaparecerem em uma região cercada por mata e dominada por facções, ela “perdeu a cabeça”. “Saí como louca procurando, com medo de algo pior. Quando os encontrei, bati neles. Me arrependo, foi um momento de desespero”, desabafou. No dia seguinte, o Conselho Tutelar retirou as crianças da escola sem aviso prévio.

Separação e incerteza

As crianças foram separadas: uma ficou com a avó, e a outra, de apenas 7 anos, foi entregue ao pai, que, segundo a mãe, não tem endereço conhecido pelo Conselho. “Não sei onde meu filho está. O MP já disse que apoia o retorno deles para mim, mas a Justiça não decide”, lamentou.

Pai defende mãe

Em áudio obtido pela reportagem, o pai das crianças afirmou que Luzineuda nunca teve histórico de violência. “Ela não é má mãe, aconteceu no calor do momento. Não concordo que fiquem em abrigo”, disse.

Falta de informações e cobrança

O caso levantou questionamentos sobre a atuação do Conselho Tutelar e a demora da Justiça. Moradores cobram agilidade para que a família seja reunida novamente. Enquanto isso, Luzineuda segue angustiada: “Trabalho dia e noite para sustentá-los. Eles são minha vida”.

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Publicado por
Marcus José