Mãe descobre conversa em celular do filho e pastor é preso por estupros

Delegada Juliana Tuma disse que a investigação busca identificar outras vítimas do pastor

Delegada Juliana Tuma revelou que pastor se sente atraído por crianças e adolescentes masculinos. Foto: PCAM/ Divulgação

Com Atual 

Conversa no WhatsApp descoberta por uma mãe no celular do filho de 12 anos resultou na prisão de um pastor de 38 anos, que não teve o nome revelado, na Operação Mateus 7:15, da Polícia Civil, na segunda-feira (31) em Manaus. Ele foi preso por estupro e por aliciar adolescentes entre 12 e 14 anos de idade.

Nas mensagens no celular, o pastor revela o estupro de uma criança de 8 anos de idade, disse a delegada Juliana Tuma, da Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente. Segundo a delegada, dois adolescentes são vítimas do pastor. Ela se disse “perplexa” com o comportamento do pastor.

A Polícia Civil descobriu que o pastor aliciava os adolescentes na igreja evangélica, com sede no Bairro da Paz, zona centro-sul de Manaus, e oferecia pagamento via Pix. “Ele oferecia Pix e cada criança tinha que trazer mais cinco outras crianças, contato de cinco crianças para ele poder continuar a lascívia. É uma pessoa que realmente não parece ser um agressor, mas era uma pessoa que satisfazia sua própria lascívia vendendo materiais de crianças e adolescentes”, disse o delegado Guilherme Torres em entrevista coletiva nesta terça-feira (1º).

Conforme a delegada Juliana Tuma, o pastor pagava por fotos íntimas de meninos. “Ele, inclusive, chegou a marcar o encontro em um shopping da capital com um adolescente, que foi frustrado por algum motivo, mas ele mandou inclusive o dinheiro pelo motorista de aplicativo para esse garoto. Foi o mesmo modo operante com outro menino. Um desses garotos era do grupo de jovem da igreja que ele participava”, disse Juliana Tuma.

Segundo a delegada, nas conversas de WhastApp o pastor oferecia os filhos dele para os adolescentes. Juliana Tuma disse que o pastor é casado há 12 anos e confessou ter atração por adolescentes, mas negou os estupros.

“Ele alega que se sente atraído por crianças e adolescentes e se satisfaz vendo fotos deles nus, mas na verdade, nas conversas, nós identificamos que não é só vendo. Ele admite que teve relações sexuais com crianças. Ele pedia aos meninos que apresentassem outros garotos que ele tinha uma quantia para dar aos meninos”, revelou Juliana Tuma.

Segundo a delegada, o pastor dizia que era “broderagem” e que era natural. “Ele chamava de broderagem. É muito natural a broderagem. Um menino faz isso com outro. Então, o modus operandi dos abusadores é naturalizar a violência sexual”, afirmou a delegada.

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Publicado por
Marcus José