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Cotidiano

Lula desafia juíza sobre ser dono do sítio, e ela rebate: “se começar nesse tom, teremos problemas”

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a juíza federal substituta Gabriela Hardt protagonizaram momentos de embate logo no início do interrogatório do petista no processo do sítio em Atibaia (SP) na tarde desta quarta-feira (14).

Neste processo, o ex-presidente é acusado de ter recebido propina de aproximadamente R$ 1 milhão por meio de reformas realizadas no sítio pelas empreiteiras Odebrecht, Schahin e OAS. O MPF (Ministério Público Federal) também atribui a Lula o sítio, cuja propriedade está registrada nos nomes de Fernando Bittar, amigo da família de Lula, e Jonas Suassuna.

A juíza iniciou o interrogatório perguntando ao ex-presidente se ele sabia do que estava sendo acusado no processo, ao que Lula prontamente respondeu: “Não. Gostaria que a senhora pudesse me explicar qual é a acusação”.

Após Hardt explicar brevemente que Lula responde por supostos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, o ex-presidente rebateu: “Eu imagino que a acusação que pesava sobre mim é que eu era dono de um sítio em Atibaia”.

“Não, não é isso que acontece. É ser beneficiário de reformas que foram feitas”, interrompeu a juíza, dizendo que a acusação “passa pela relação” de Lula ser o dono do sítio.

O ex-presidente insistiu mais uma vez: “Doutora, eu só queria perguntar, primeiro um esclarecimento, porque eu estou disposto a responder toda e qualquer pergunta. Eu sou dono do sítio ou não?”.

“Isso é o senhor que tem que responder, não eu, doutor, e eu não estou sendo acusada neste momento”, devolveu a juíza. “Não, quem tem que responder é quem me acusou”, rebateu Lula.

A juíza então subiu o tom e disse que, se Lula continuasse agindo daquela forma, haveria “um problema”.

“Doutor, senhor ex-presidente, esse é um interrogatório. E se o senhor começar nesse tom comigo, a gente vai ter um problema. Vamos começar de novo”, disse. “Eu sou a juíza do caso e vou fazer as perguntas que preciso que sejam esclarecidas para que o caso seja sentenciado ou algum colega possa sentenciá-lo”, completou.

Discussão entre advogado e procurador

O advogado José Roberto Batochio, um dos defensores de Lula, interveio e afirmou que, de acordo com as leis, o interrogatório é o “momento em que o acusado exerce a autodefesa”.

A intervenção rendeu alguns momentos de desentendimento entre Batochio e o procurador Athayde Ribeiro Costa, do MPF. “Eu estou me dirigindo ao juízo”, disse o advogado, que questionou: “O senhor quer substituir o juízo?”.

A juíza repreendeu a discussão e então perguntou a Lula se ele se sentia apto a ser interrogado naquele momento. “Eu me sinto apto e me sinto desconfortável”, disse Lula.

“Se o senhor se sente desconfortável, o senhor pode ficar em silêncio”, respondeu Hardt. Lula ainda perguntou quando ele poderia falar, ao que a juíza disse, mais uma vez, que o petista poderia responder às suas perguntas.

“Eu não vou responder interrogatórios e nem questionamentos aqui. Está claro?”, insistiu a juíza. O desentendimento durou mais alguns segundos, enquanto Lula dizia que “não imaginava que seria assim” e que era “vítima de uma mentira há muito tempo”. Hardt prontamente cortou a fala do ex-presidente e insistiu: “então vamos para as perguntas”.

Ao longo da oitiva, Lula e a juíza tiveram outros momentos de enfrentamento, vários deles com Hardt saindo em defesa do seu antecessor, Sergio Moro, a quem o ex-presidente acusou de condená-lo sem provas.

Também durante o interrogatório, Lula negou saber quem pediu, quem pagou e quem realizou as obras no sítio de Atibaia.

Após o depoimento, o ex-presidente retornou à Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde abril cumprindo pena de 12 anos e um mês de prisão pelo caso do tríplex de Guarujá (SP).

MPF culpa defesa por Lula não conhecer a denúncia

Durante os questionamentos do procurador Athayde Ribeiro Costa, do MPF, sobre quem teria pagado as reformas no sítio, o ex-presidente voltou a dizer que “estranhou” que a juíza não dissesse que a acusação contra ele era a propriedade do sítio.

“É que vocês começaram dizendo que era meu o sítio. Eu estranhei agora a doutora juíza dizendo, porque eu passei quatro anos apanhando porque o sítio era meu e agora o sítio desapareceu!”, disse o petista exaltado.

Costa, do MPF, disse que o fato de Lula não saber qual é a denúncia contra ele “não é um problema do Ministério Público”. E o procurador continuou: “eu também estranhei, senhor presidente, porque a denúncia está lá há muito tempo. Sua defesa poderia ter te explicado isso. Se ela não fez, infelizmente não é um problema do Ministério Público”.

A juíza complementou que a questão da propriedade da empresa ainda está sendo investigada.

“Eu passei um monte de tempo, ‘O Lula é dono de uma chácara’, ‘gente eu não sou’. Nem da chácara perguntaram mais porque não é minha. A mesma coisa aconteceu com o apartamento”, repete Lula, referindo-se ao tríplex de Guarujá.

Se começar com discurso político, vou cortar, diz juíza

Enquanto Lula falava, Athayde Ribeiro Costa tentava interromper o ex-presidente, o que irritou Cristiano Zanin. Advogado de defesa, procurador do MPF e juíza iniciaram então um novo bate-boca.

“O senhor deveria aguardar a resposta dele”, disse Zanin. “Ele está fugindo ao tema, doutor”, respondeu Costa.

“Compreenda que embora eu tenha o casco duro, se uma bala pega no mesmo lugar muitas vezes machuca. Eu estou cansado, cansado de mentira”, disse Lula com a voz embargada.

Zanin pediu questão de ordem à juíza para que Lula pudesse concluir seu relato sobre o processo do tríplex. “Que questão de ordem?”, rebateu a juíza. O advogado afirmou que o relato era importante e que não ouvi-lo configuraria cerceamento de defesa.

“Mas se ele fugir do assunto e começar com discurso político, doutor, infelizmente, eu estou comandando a audiência e vou ter que cortar”, avisou a juíza.

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Homem é preso por tráfico e confessa faturamento de R$ 8 mil por dia

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Ao realizar a abordagem, os policiais avistaram uma bolsa prateada no interior do apartamento, contendo diversos pacotes com substâncias suspeitas

Na revista, foram encontrados: 13 papelotes de crack, 15 papelotes de maconha, e uma quantia de R$ 22,50 em dinheiro e o restante em moedas. Foto: captada

Uma ação do Policiais Militares do 1° Batalhão resultou na prisão de Denilson Ávila Evangelista, de 18 anos, na manhã desta quinta-feira, 30, pelo crime de tráfico de drogas. A prisão aconteceu em um residencial localizado na Travessa São Jorge, na bairro Ayrton Senna, em Rio Branco.

A guarnição policial realizava patrulhamento de rotina na região quando notou uma grande movimentação de pessoas suspeitas de estarem consumindo entorpecentes em um residencial.

Ao se aproximarem, um homem saiu apressadamente do local, mudando de direção de forma suspeita e na porta do apartamento de número 01, uma mulher entrou rapidamente e tentou esconder algo, o que chamou a atenção dos policiais.

Dentro do imóvel, a equipe encontrou um homem usando tornozeleira eletrônica, que já responde por tráfico de drogas e havia sido preso recentemente, no dia 8 de janeiro de 2025.

No boletim de ocorrências consta que ele comprava as drogas por cerca de R$ 3.000,00, obtendo um lucro diário de R$ 4.000,00. Foto: captada 

Ao realizar a abordagem, os policiais avistaram uma bolsa prateada no interior do apartamento, contendo diversos pacotes com substâncias suspeitas.

Na revista, foram encontrados: 13 papelotes de crack, 15 papelotes de maconha, e uma quantia de R$ 22,50 em dinheiro e o restante em moedas.

Questionado sobre a origem das drogas, o suspeito admitiu que realizava a comercialização no local, detalhando a movimentação do tráfico e afirmando que fazia vendas diárias, com um faturamento médio de R$ 8.000,00 por dia. No boletim de ocorrências consta que ele comprava as drogas por cerca de R$ 3.000,00, obtendo um lucro diário de R$ 4.000,00.

Diante dos fatos foi dada voz de prisão e Denílson foi encaminhado à Delegacia de Flagrantes (DEFLA) para os devidos procedimentos.

O suspeito admitiu que realizava a comercialização no local, detalhando a movimentação do tráfico e afirmando que fazia vendas diárias, com um faturamento médio de R$ 8.000,00 por dia. Foto: captada

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Advogada é encontrada morta em Sena Madureira

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A advogada Danielle Lima da Silva, de 31 anos, foi encontrada morta nesta quinta-feira, 30, no município de Sena Madureira, interior do Acre.

Segundo informações repassadas a reportagem, as circunstâncias da morte não foram divulgadas. O corpo foi encaminhado para os procedimentos legais.

O vereador Éber Machado (MDB) emitiu uma nota de pesar lamentando a perda da advogada. “É com grande pesar que lamentamos a partida precoce da nossa tão querida Dra. Danielle Lima. Desejamos que Deus, em Sua infinita bondade, acalme os corações de familiares e amigos.”

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Dois ganhadores da Mega da Virada ainda não retiraram o prêmio

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Os prêmios de loteria da Caixa prescrevem em 90 dias a partir da data do sorteio. Ou seja, após esse prazo, o valor que não for retirado será repassado integralmente ao Fundo de Financiamento ao Ensino Superior (Fies), conforme a Lei 13 756/18.

Dois ganhadores da Mega da Virada ainda não retiraram o dinheiro do prêmio (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Dois ganhadores da Mega da Virada 2024 ainda não foram buscar as premiações, de acordo com balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal na manhã desta quinta-feira (30). Sorteada no dia 31 de dezembro, a loteria teve prêmio de R$ 635.486.165,38, o maior da sua história. Foram oito apostas ganhadoras, entre jogos individuais e bolões.

Todos os vencedores das apostas individuais contempladas com o prêmio principal (seis acertos) registradas nas cidades de Curitiba (PR), Nova Lima (MG) e Tupã (SP) se apresentaram para o recebimento do prêmio. Cada uma levou para casa R$ 79.435.770,67.

Em relação aos bolões contemplados com o prêmio principal da Mega da Virada 2024, dois ganhadores de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, ainda não resgataram o prêmio de R$ 1.418.495,90.

Regras e prazos

Os ganhadores da Mega da Virada têm diferentes formas para receber os prêmios, dependendo do valor conquistado. Valores abaixo de R$ 2.259,20 podem ser retirados em casas lotéricas ou nas agências da Caixa Econômica Federal com a apresentação de documento de identidade original com CPF e recibo de aposta original e premiado.

Valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos em até dois dias úteis após a apresentação em agências do banco federal.

“O bilhete é ao portador e o ganhador pode escrever, no verso do recibo da aposta premiada, seu nome completo e CPF. Dessa forma, o bilhete torna-se nominal. Em caso de bolão, cada participante pode fazer o mesmo no verso de seu recibo individual de cota”, lembra a Caixa.

Os prêmios de loteria da Caixa prescrevem em 90 dias a partir da data do sorteio. Ou seja, após esse prazo, o valor que não for retirado será repassado integralmente ao Fundo de Financiamento ao Ensino Superior (Fies), conforme a Lei 13 756/18.

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