Cotidiano

Lobo-guará é registrado pela primeira vez em seringal de Sena Madureira no interior do Acre

Avistamento inédito no Seringal Baturité, em Sena Madureira, alerta para a importância da conservação da espécie, classificada como “quase ameaçada” de extinção

O Lobo-guará foi avistado e registrado por um morador na última terça-feira no Seringal Baturité, em Sena Madureira, interior do Acre. Foto: captada 

Um lobo-guará foi avistado e fotografado por um morador na última terça-feira no Seringal Baturité, em Sena Madureira, a 140 km de Rio Branco. O registro inédito na localidade, relatado com exclusividade à imprensa regional, chama a atenção para a presença do animal, símbolo do Cerrado, em uma área de floresta no Acre.

De acordo com o relato, o avistamento do mamífero ocorreu dentro da propriedade. O lobo-guará, também conhecido como lobo-de-crina, é o maior canídeo da América do Sul e é facilmente reconhecido por suas longas patas, pelagem alaranjada e orelhas grandes.

O registro surpreendente é um indicador positivo da biodiversidade local, mas também serve de alerta. Foto: captada 

Espécie está “quase ameaçada”

Apesar de ser um indicador positivo da biodiversidade local, o registro também serve de alerta. A espécie enfrenta graves ameaças devido à ação humana, como a destruição de seu habitat natural, a caça, os atropelamentos e doenças transmitidas por animais domésticos.

Por esses motivos, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica o lobo-guará como “quase ameaçado” de extinção em sua Lista Vermelha. A aparição rara reforça a necessidade de políticas de preservação ambiental na região.

O termo guará tem origem na língua indígena tupi e significa “vermelho”, sendo uma referência à coloração dos pelos desse animal, os quais, em sua maioria, são laranja-avermelhados. Foto: captada 

O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um dos símbolos do Cerrado. Considerado o maior canídeo sul-americano, esse animal é solitário e costuma ser inofensivo e bastante tímido, evitando o contato com humanos. É encontrado em áreas abertas, como campos, onde costuma ser visto no fim do dia e durante a noite.

Atualmente, a espécie sofre com a destruição de seu habitat e também com a expansão da malha rodoviária, que provoca a morte de muitos espécimes por atropelamento. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Brasil abriga quase 90% da população conhecida da espécie ao longo de sua distribuição territorial.

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Publicado por
Marcus José