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Cotidiano

LFF faz reunião com seus presidentes e apresenta demandas para formar liga única com Libra

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Liga Forte Futebol do Brasil reforça desejo de teto de 3.5 vezes de diferença entre o que receberão o primeiro e o último na fila do rateio de receitas, mas não explica a equação

Os presidentes que compõem a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF) se encontraram nesta terça-feira em um hotel em São Paulo para explicar seus números e demandas para a criação de uma liga única. Haverá nesta tarde outra reunião, com representantes técnicos que auxiliam a LFF e a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) em tentativa de enfim aprofundar a discussão de cálculos para solucionar o principal entrave para o consenso: fechar um modelo que não permita que o primeiro da fila receba mais de 3.5 vezes o que arrecadará o último.

Porém, segundo o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, uma das lideranças da LFF, ainda não há uma fórmula para chegar a esse teto:

– O número chave é a diferença do primeiro para o último. É o grande X da questão. Precisamos encontrar essa fórmula e defender essa fórmula. Hoje haverá essa reunião técnica com a Libra, mais uma para que a gente possa apresentar novamente a eles. Acredito que estejam discutindo a nossa proposta. O que resolve é o que todas as grandes ligas utilizam, que o primeiro não ganhe um valor extremo sobre o último da competição.

Depois de encerrada a reunião, questionado pelo ge, o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, garantiu que o cálculo está pronto, mas não o apresentou:

– Sim, já tivemos reuniões técnicas onde apresentamos esses cálculos que levam a esse número importante de 3.5 vezes de diferença máxima. Isso pode inclusive reduzir, o que equilibraria muito mais a competição. Isso já existe, já está sendo tratado esse tema e estamos buscando convergências para formar uma liga única com 40 clubes. Está pronta (a fórmula). Evidente que estamos abertos a ajustes, mas considerando esse limite como um fato importante. Todas as ligas de sucesso no mundo olham para este número como um número importante, porque valoriza o produto e traz mais investimento.

Presidentes de clubes que lideram a LFF explicam suas demandas em evento — Foto: José Edgar de Matos

Presidentes de clubes que lideram a LFF explicam suas demandas em evento — Foto: José Edgar de Matos

A mudança de postura, já que a LFF até então vinha adotando um silêncio oficial quase que constante, tem a ver com o descontentamento de alguns dos membros com a demora em avançar nas tratativas. Há um entendimento de alguns dos clubes de que a Libra não quer negociar, o que foi prontamente refutado pelos integrantes da Libra consultados pelo ge.

A principal crítica dos integrantes da Libra é justamente a LFF ter estipulado um teto de diferença sem apresentar uma fórmula que torne o número viável. Essa é também a jutificativa central para a lentidão nas tratativas. Na reunião desta terça, também só foi apresentado oficialmente o teto desejado, mas sem uma equação para embasar a conta.

– Não queremos receber menos, com distância grande, não podemos sonhar com algo maior. Falo em nome de todos os clubes. Não podemos começar o campeonato sabendo antes quem vai ter chance de vitória por esses direitos de televisão. Os valores são quase 30% da receita, tem mais 70% para os clubes fazerem as diferenças. É uma parcela considerável, mas tem toda uma diferença com que os clubes podem fazer algo melhor. Precisamos nos unir para fazer algo diferente, para não perpetuar essa distância. Tem que equiparar às principais ligas do mundo – disse Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.

– Se nossa intenção é crescer as receitas, se não tivermos esse limitador decrescente, as distâncias ficarão cada vez maiores. Está provado que performance em campo é diretamente proporcional ao fluxo de caixa. Não queremos essas diferenças absurdas.

Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG e que desde o começo também esteve à frente das tratativas com a Libra, explicou que os clubes de maior receita não dependem tanto quanto os de menor investimento do aporte da venda de direitos de transmissão:

– As receitas a serem distribuídas para alguns clubes representam 25% a 30% (do orçamento) para os que ganham. Para alguns clubes menores, essa receita representa 70%, 80%. De repente, para o Flamengo, esses valores representam 25%. Para o Sport, por exemplo, são 80%.

Os membros da LFF são: América-MG, Atlético-MG. Atlético-GO, Athletico, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Côrrea, Sport, Tombense e Vila Nova. Todos estiveram representados no encontro, a maioria pelos respectivos presidentes.

– A gente quer que estejam os 40 juntos. A união dos 40 fará com que as receitas maximizem-se, mas não podemos nos enganar que com mais dinheiro a divisão será melhor. Que se distribua melhor os valores de futuro. A partir de 2024, é outro mundo – completou Bittencourt, se referindo ao encerramento do contrato de direitos de transmissão.

Parceria com a XP Investimentos

A LFF anunciou também nesta terça-feira um acordo com o banco de investimentos da XP para negociar os direitos dos seus clubes no mercado. Em imagem apresentada no telão, a empresa foi confirmada como única interlocutora autorizada a ir ao mercado em nome dos 25 membros da LFF.

Confira a íntegra da nota emitida pela LFF nesta terça-feira:

A Liga Forte Futebol (LFF) apresentou, nesta terça-feira, sua proposta para a construção de uma liga a partir de princípios que permitam que o produto “campeonato brasileiro” se torne um dos mais relevantes do mundo.

A ideia do grupo formado por 25 clubes das Séries A e B do futebol brasileiro, é que as propostas levem à criação de um campeonato mais competitivo, um produto mais atraente, que maximize receitas e permita que os grandes craques joguem no país, com uma gestão profissional alinhada com o que é praticado nas principais ligas do mundo.

Em encontro de presidentes, LFF exibe sua proposta de rateio de receitas — Foto: José Edgar de Matos

O mercado brasileiro vive um momento único para a construção de uma liga forte. Com uma das maiores populações e uma economia entre as dez maiores do mundo, o país é o único na América do Sul com estádios padrão-Fifa e entre os cinco com mais usuários de internet. Adicionado a disso, além dos tradicionais compradores de direitos, o Brasil ganhou novas empresas de mídias interessadas em investir no futebol brasileiro. Isso cria o cenário propício para ampliar as receitas de todos os clubes.

Na apresentação da LFF, foi possível observar como funcionam as principais ligas do mundo, como é a organização e distribuição de receita das que mais faturam. Existe uma relação direta entre tamanho das receitas e equilíbrio de distribuição entre os clubes. As três maiores ligas esportivas do mundo, NFL, NBA e Premier League são as que têm a distribuição mais equilibrada entre os times.

O objetivo da criação de uma liga é fortalecer o futebol brasileiro, através da maximização das receitas. Os pilares propostos pela Liga Forte Futebol seguem esse objetivo. Os princípios de Equilíbrio, Performance, Mobilidade e Incentivo às boas práticas do futebol se juntam aos pilares de Controle Financeiro, Distribuição equilibrada das receitas, Compliance e Governança.

A divisão de receita proposta pela Liga Forte tem 45% divididos de forma igualitária, 30% sobre performance e 25% por apelo comercial. E com regra de ouro a Liga Forte entende que a diferença máxima de receita entre os clubes não ultrapasse 3,5x.

– Nosso objetivo é ter um modelo que potencialize as receitas do futebol brasileiro, a partir de um produto mais competitivo, fruto de uma divisão de receitas mais equilibrada. Precisamos olhar para frente e decidir se vamos ser uma das 3 maiores ligas do mundo, seguindo os modelos que geraram sucesso no mundo todo, ou se vamos ficar discutindo como manter o futebol brasileiro como mero exportador de talentos, tentando manter os privilégios gerados pelo modelo atual – conclui Mario Bittencourt, presidente do Fluminense.

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Internet reage à expulsão em São Paulo e Vitória: ‘Acabou com o jogo’

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Zagueiro Wagner Leonardo, do Leão, foi expulso nos primeiros minutos do confronto

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O início da partida entre São Paulo e Vitória, válida pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, foi marcado por polêmicas envolvendo o VAR. Antes dos cinco minutos de partida, o zagueiro Wagner Leonardo se envolveu em uma disputada com Calleri na área.

Após revisão, o árbitro da partida decidiu por expulsar o jogador do Leão, que passou a atuar com dez atletas em campo.

Nas redes sociais, torcedores do Vitória criticaram a atitude de Wagner, que teria acertado uma cotovelada no atacante adversário. Os são-paulinos, por sua vez, comemoram a decisão da equipe de arbitragem. 

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Ana Thaís aponta principal problema de Tite no Flamengo: ‘Por isso não está redondo’

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Rubro-Negro chegou ao terceiro jogo sem vencer no Brasileirão

Ana Thaís Matos comentou Red Bull Bragantino x Flamengo (Foto: Reprodução)

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O Flamengo tropeçou mais uma vez no Campeonato Brasileiro, desta vez diante do Red Bull Bragantino, no último sábado (4). Comentarista do empate no “Premiere”, Ana Thaís Matos analisou o duelo e citou um “descompasso” de Tite com o elenco.

– O Tite tirou algo que eu acho que valoriza muito esse elenco do Flamengo, que é a posse de bola. A característica desse elenco é mais técnica, é de ter mais a posse de bola – comentou Ana Thaís durante o segundo tempo do jogo em São Paulo.

– Esse descompasso nesse momento entre o que acredita o Tite e a característica do elenco é o que mais faz mal para o time do Flamengo. Por isso esse encaixe não está redondo nas principais competições, como esteve no estadual – completou.

Com mais um empate, o Flamengo chegou aos oito pontos, na quarta posição no Brasileirão. Nas últimas rodadas, a equipe empatou com o Palmeiras e perdeu para o Botafogo. Na terça (7), o Rubro-Negro encara o Palestino-CHI, pela Libertadores.

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‘Ninguém entende nada de futebol dentro do Vasco’, dispara jornalista

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O repórter citou os gastos da SAF e afirmou que a equipe de 2024 é pior que a do ano passado.

Vasco perdeu para o Athletico Paranaense por 1 a 0 (Foto: Gabriel Rosa Machado/AGIF)

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O Vasco perdeu mais uma no Campeonato Brasileiro, desta vez para o Athletico Paranaense, por 1 a 0, no Campeonato Brasileiro. Nas redes sociais, o jornalista Lucas Pedrosa soltou o verbo contra a administração do clube carioca. O repórter citou os gastos da SAF e afirmou que a equipe de 2024 é pior que a do ano passado.

O caso do Vasco é para ser exemplo no capítulo “O que você não deve fazer ao administrar um clube”. Mais de 150M de reais em compra de jogadores em 2023: brigou para não cair até o último jogo. Formou um time com uma espinha dorsal em 2023.2, era só preencher lacunas e saídas naturais. Mais de 120M de reais em compra de jogadores em 2024: vai brigar pra não cair de novo – começou.

Formou um time pior do que o de 2023, não tem técnico, não tem patrocínio master, não tem programa decente de sócio torcedor. Mas pelo menos a Vasco SAF está atacando a dívida e tornando o clube autossustentável, né? não. O Balanço do clube mostra que o time está longe de andar com as próprias pernas. Advinha por quê? Porque ninguém entende nada sobre futebol dentro do Vasco – completou

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