Leida Lopes: Mulher, mãe, autônoma… que sonha com uma Epitaciolândia melhor

Meu pai foi covardemente assassinado no ramal do km 20 no ano de 1982, quando eu tinha apenas um ano. A partir de então minha mãe mudou-se para o ramal do km 24 com dois filhos pequenos, Vandico Lopes da Silva, (na época com 5 anos) e eu, (na época com 1 ano). Nos dois fomos criados por esta mulher guerreira que acordava as 3 horas da manhã para preparar a marmita e ir para a roça, ela foi bóia fria, pai e mãe… eu e meu irmão fomos criados na roça aprendendo a cultivar milho, arroz, feijão, macaxeira, amendoim… tínhamos uma horta farta.

Mamãe plantava varias hortaliças, lembro-me que até beterraba e repolho nós tínhamos na horta, mamãe também fazia queijos que trazia para vender na feira, ela vendia também ovos caipira e galinha… com o dinheiro das vendas na feira ela comprava o que não conseguíamos produzir na colônia. Fomos criados pescando, fazendo arapucas para pegar rolinhas… Andávamos cerca de 8 km para estudar, era uma sala de aula coletiva onde estudávamos todos juntos de primeira a quarta série com o mesmo professor, e foi lá que fui alfabetizada. Aos nove anos nos mudamos para a Vila Epitácio para continuarmos os estudos. Sofremos um pouco na adaptação, mais logo conseguimos acompanhar a turma na sala de aula. Foi nessa mesma época que a mamãe casou com o seu Raimundo Rodrigues ( vulgo, Maranhão) ele trabalhava na feira vendendo cereais (milho, arroz, feijão, farinha e mel de abelha) então comecei ajudar nas vendas na feira junto com minha mãe. Fiquei encantada com as vendas e com as moedas que ganhava na época rsrs. Aos 13 anos já era revendedora através de catálogos, com 18 anos, comecei a trabalhar na extinta Central Modas, onde trabalhei até os 19 anos, quando decidi virar autônoma e comecei a vender perfumes.

Aos 20 anos, me tornei mamãe da Maressa Vitoria Lopes Macedo. Mãe solteira, não por escolha, criei minha filha com vendas de perfumes, fiz faculdade de engenharia agroflorestal (UAP)… No Brasil fiz um curso técnico de Gestão pública. Desde os 18 anos faço trabalhos voluntários ajudando dependentes químicos, coisa que nunca gostei de divulgar. Ano passado depois de buscar por cerca de 6 meses ajuda para minha filha que estava com depressão, e não tive atendimento no CAPS de Epitaciolândia, pois o mesmo não estava funcionando, foi aí que aconteceu uma das piores coisas em minha vida. Minha única filha tentou o suicídio. Graças a Deus consegui levá-la a tempo para o hospital de onde ela já saiu com um encaminhamento para ser atendida de emergência pelo CAPS de Brasiléia, onde fomos cuidadas. Eu já me sentia indignada com a situação de nosso município, mais depois disso aumentou a indignação! Ver como nós estamos a mercê… Não somos representados! Ninguém tem escutado a população, por onde eu ando em Epitaciolândia só vejo descaso, não temos ruas com pavimentação adequada, nunca tivemos saneamento básico, não temos um hospital, as mulheres que lutam contra o câncer não tem um transporte público que as leve para fazerem seu tratamento em Rio Branco… E por aí vai… estamos abandonados… E qual é a função de um vereador? Fiscalizar, reivindicar, investigar e representar a população. É isso que quero! Lutar pelos direitos que nós temos, direitos esses que nos tem sido negados, quero que o dinheiro da população seja utilizado para o bem da população e não para enriquecer alguns. Não sou política, sou uma cidadã que acredita que podemos fazer política de uma maneira diferente! Com mais empatia e transparência! Peço a oportunidade de ocupar uma cadeira na Câmara dos vereadores e lá reivindicar o que a população precisa, ser voz dessa população que está cansada de ser esquecida.

Estou consciente da extensão e dos limites da função de um vereador. Sei que muito pode ser feito se houver insistência, engajamento, criatividade, visão e, sobretudo, sensibilidade.

Enfim, o VEREADOR deve ser a pessoa que VÊ-A-DOR da população como um todo, e através de sua sensibilidade e criatividade, procura meios para auxiliar na resolução de seus conflitos. Meu compromisso político é manter este foco, lutar pela nossa cidade e nossa gente, a fim de que todos tenham uma vida mais digna e feliz.

Essas são as minhas propostas:

1. Implantação de um gabinete itinerante, para ouvir a população, construindo assim um mandato coletivo, onde a população participe na criação de projetos para o município

2 solicitar do poder executivo municipal através da apresentação de indicações e projetos de leis que visem a melhoria da qualidade da população nas comunidades e bairros, tais como pavimentação, calçadas com acesso à pessoas com deficiência, investimentos nas áreas de saúde, educação e lazer.

3. Buscar junto ao poder executivo municipal melhorar o atendimento à pessoas com depressão e doenças psicológicas, pessoas com necessidades especiais, e que esse atendimento seja estendido aos familiares dos pacientes.

4. Solicitar ao poder executivo a manutenção das vias rurais para o escoamento das produções agrícolas, fortalecendo a agricultura familiar.

5. Solicitar junto ao poder executivo municipal a contratação de serviços de assistência técnica para o produtor rural.

6. Buscar junto ao poder executivo municipal o apoio às atividades esportivas municipais. Incentivando e fortalecendo as práticas esportivas para a as crianças, adolescentes, jovens e adultos.

7. Buscar junto ao poder executivo municipal a aprovação de projetos de proteção a animais de rua e abandonados, como a criação de um programa de controle reprodutivo de cães e gatos através da esterilização cirúrgica e criar campanhas de adoção e conscientização

8 Buscar junto ao poder executivo municipal a implantação do projeto de arborização de Epitaciolândia, com a implantação de pomares urbanos, onde a população poderá colher os frutos para seu consumo.

Vem comigo, vamos juntos renovar Epitaciolândia!

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Publicado por
Assessoria