A jovem Maicline da Costa, de 26 anos, era atendente de relacionamentos de uma concessionária de veículos em Rio Branco (Foto: cedida)
Com jornais do Acre
O acidente já está sendo investigado a fundo pela Delegacia da 2ª Regional de Rio Branco. A jovem morreu vítima de um acidente aquático no último sábado, dia 12, no Riozinho do Rôla.
A linha de investigação da polícia vai no sentido de um homicídio culposo. Entre os envolvidos na cena do crime, o médico oftalmologista Eduardo Veloso, e um empresário, até o momento identificado como Otávio, que teria feito uma “brincadeira” [de mal gosto] que acabou tirando a vida da jovem.
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Otávio e Veloso são amigos, e estavam juntos, segundo apurou a reportagem, na tarde daquele sábado. Os dois pilotavam as motos aquáticas no leito do Rio Acre, e, segundo a polícia, já está sendo investigado se os dois estavam bêbados no momento do acidente. Se isso se comprovar, os dois podem ser indiciados por homicídio doloso.
Nesta quarta-feira, dia 16, os dois envolvidos já foram notificados a se apresentarem à polícia. Os advogados de ambos se colocaram à disposição e os dois devem prestar depoimento nos próximos dias.
Hinauara estava no jet ski do médico oftalmologista quando o empresário Otávio fez uma manobra arriscada, e acabou causando a morte da jovem Maicline, alega a irmã.
Um laudo pericial deve ser encaminhado à Polícia Civil para atestar como teria ocorrido o acidente.
Apenas após isso é que as investigações devem avançar mais. A irmã de Maicline, Hinauara Costa, afirma que o médico Eduardo Veloso não causou o acidente e foi tão vítima quando a jovem morta. Procurada, Hianauara disse que não pode mais falar sobre o assunto, e que a orientação partiu do delegado responsável pelas investigações.
O diretor de Polícia Civil, delegado Rêmulo Diniz, alegou que ficou sabendo do suposto sumiço através da reportagem, o mesmo disse que irá acompanhar cada passo dos avanços das investigações.
A morte da jovem Maicline Borges da Costa, de 26 anos ocorrido no último sábado (12), ainda estar trazendo transtornos para a família que se quer teve tempo de absorver a tragédia, a jovem Haianara Costa, de 21 anos irmã da vítima e testemunha ocular do acidente denunciou na mídia o sumiço do Boletim de Ocorrência – BO registrado pela família na delegacia da 3º Regional.
De acordo com Haianara o registro foi feito, mas hoje foram informados que não existe nenhum registro no sistema daquela delegacia a respeito do ocorrido.
“É como se a família não tivesse tomado nenhuma providência. Registramos sim o boletim de ocorrência do acidente, só que como não estão achando o registro, algumas pessoas estão me esculhambando”, explicou.
Procurado pela reportagem do cos da Notícia, o diretor de Polícia Civil, delegado Rêmulo Diniz, alegou que ficou sabendo do suposto sumiço através da reportagem e que iria mandar apurar se o fato denunciado pela família é o não verdade.
Diniz, também afirmou que o Boletim de Ocorrência do acidente foi feito em várias delegacias e que ele mesmo estaria com uma cópia de um dos BOs em mãos, mas que iria mandar apurar o suposto sumiço do Boletim referido pela família no sistema da Delegacia da 3ª Regional.
O diretor de Polícia também afirmou que já designou o delegado titular da 3ª Regional para presidir o inquérito e dar celeridade as apurações, e que ele Rêmulo irá acompanhar cada passo de avanço nas investigações.
Polícia Civil não tem como proibir uso do rio Acre
Segundo o diretor de Polícia, Rêmulo Diniz, a apuração do acidente e a possível culpabilidade de algum envolvido é da jurisdição da Polícia Civil do estado do Acre, mas quanto ao uso do rio Acre por donos de embarcações e equipamentos aquáticos, é de responsabilidade da Marinha do Brasil, mas infelizmente em Rio Branco, não possui nenhum escritório da Capitania dos Postos, que possui sede no estado do Amazonas e a mais próxima fica na cidade de Boca do Acre, interior do Amazonas.
A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, solicitou à Secretaria de Estado de Polícia Civil, nesta segunda-feira, 14, a apuração célere e transparente acerca da colisão entre motos aquáticas que teve uma mulher como vítima fatal no último sábado, 12, nas águas do Rio Acre.
Segundo informações, a vítima, Maicline Borges da Costa, de 26 anos, que teve uma das pernas dilacerada na colisão, chegou a ser levada para o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), mas veio a óbito horas depois.
“Também colocamos toda a nossa estrutura do Centro de Atendimento à Vítima (CAV, órgão do MPAC responsável pelo acolhimento da Mulher Vítima de violência) à disposição da família para que seja prestado todo o atendimento necessário nesse momento”, informou a procuradora-geral de Justiça que designará uma equipe do CAV para acompanhar a família.
Barbara Bruna, tinha 23 anos, quando foi morta em acidente semelhante ao ocorrido neste domingo e também no rio Acre.
A época informações de testemunhas davam conta que Bruna estava em um jet-ski, que colidiu contra uma lancha e durante a mesma manobra ocorreu a colisão e com a jovem sofreu traumatismo de crânio gravíssimo com exposição de massa encefálica, múltiplas fraturas pelo corpo e fratura exposta na perna.
A vítima foi socorrida pelo SAMU em estado gravíssimo e morreu horas depois no Pronto Socorro de Rio Branco
Reunião entre Corpo de Bombeiros do Acre e Capitania dos Portos em Boca do Acre, -escritório que tem jurisdição sobre o Acre-, inicia o processo de preparação de convênio visando melhorar a fiscalização do uso de lanchas e jet sky no Rio Acre. A Marinha do Brasil é a responsável pela fiscalização, mas há muita reclamação quanto à maior presença de agentes na região. A preocupação é evitar acidentes como o que matou a jovem Maicline Borges no último sábado (12). “Ainda não temos data para que esse convênio aconteça”, disse o subcomandante do Corpo de Bombeiros do Acre, Antonio Velasques.
De seu lado, o Ministério Público pediu celeridade à investigação da morte de Maicline.