Com Voz do Norte
Os presidiários Cleison Souza do Nascimento, o “Pico”, e Moisés Duarte Bezerra tiveram o pedido de redução de pena negado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).
Eles estão recolhidos no Presídio Manoel Néri, em Cruzeiro do Sul, acusados de executar a jovem Genáglia Nascimento de Lima, de 26 anos. O corpo da vítima foi encontrado em uma cova rasa, em um ramal de Mâncio Lima, município vizinho.
Sem perceber o perigo que corria, Genáglia Nascimento de Lima iniciou um relacionamento com outro rapaz da cidade após saber que seu namorado, o faccionado Moisés Duarte Bezerra, ficaria preso por um longo período. Moisés havia sido detido em flagrante pela polícia de Mâncio Lima por outro crime e foi encaminhado ao Presídio Manoel Néri, em Cruzeiro do Sul.
Ao saber do caso, mesmo dentro do presídio, Moisés ofereceu R$ 10 mil a Cleison, seu colega de facção, para matar a jovem. O combinado era pagar metade do valor antecipadamente e o restante após a execução. O dinheiro foi entregue a Cleison em uma praça por um intermediário.
Após receber o pagamento, Cleison ligou para Genáglia, dizendo que Moisés havia enviado uma carta para ela e que só faria a entrega em um local afastado, para não atrair a atenção da polícia. Ao chegar ao local, acompanhada do pistoleiro, a jovem foi obrigada a descer da moto e, em seguida, foi agredida.
Depois das agressões, Cleison sacou a arma e atirou na vítima, que morreu na hora. Em seguida, ele cavou uma cova rasa na lama e enterrou o corpo. O acusado deixou o local levando apenas a moto de Genáglia.
Cleison confessou o crime à polícia e afirmou que Moisés foi o mandante. Os dois foram julgados pelo Tribunal do Júri em 29 de maio de 2024. O juiz que presidiu a sessão estabeleceu uma pena de 23 anos para “Pico”, o assassino, e 16 anos para Moisés, o mandante.