Em decisão unânime durante julgamento virtual, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de José Weverton Nascimento Rosa, conhecido como “Raridade”. Ele é um dos réus no caso que ficou conhecido como “Chacina do Taquari”, ocorrido em novembro de 2023, em Rio Branco, quando um confronto entre facções criminosas resultou na morte de seis pessoas.
A defesa solicitava a revogação da prisão preventiva, com a aplicação de medidas cautelares diversas, sob o argumento de que Rosa está preso há mais de 240 dias sem julgamento, o que configuraria excesso de prazo e constrangimento ilegal. O recurso também apontava a ausência de reavaliação da prisão durante esse período, o que, segundo os advogados, anteciparia o cumprimento da pena sem condenação.
O relator do habeas corpus, desembargador Francisco Djalma, discordou dos argumentos apresentados pela defesa. Segundo o magistrado, o processo segue em tramitação regular e trata-se de uma investigação complexa, com múltiplos envolvidos e necessidade de produção de provas técnicas, fatores que justificam a manutenção da prisão.
O voto de Djalma foi acompanhado pelos demais desembargadores da Câmara Criminal.
A chacina aconteceu no interior de uma casa no bairro Taquari, onde morreram Adegilson Ferreira da Silva e Valdei das Graças Batista dos Santos, ligados à facção Bonde dos 13, e Luan dos Santos de Oliveira, Luan Batista dos Santos, Tailan Dias da Silva, Sebastião Ytalo Nascimento de Carvalho e Tiago Rodrigues da Silva, apontados como integrantes do Comando Vermelho.