A Justiça do Tocantins manteve a prisão preventiva do ex-governador Mauro Carlesse (Agir), após ouvi-lo no domingo (15), na audiência de custódia. Em nota, a defesa de Mauro Carlesse informou que ele sempre colaborou com a Justiça e que vai pedir a revogação da prisão.
A audiência de custódia é um procedimento padrão. Ela serve para o juiz avaliar a legalidade do cumprimento do mandado de prisão. São analisados aspectos como o tratamento dispensado ao preso.
Mauro Carlesse foi governador do Tocantins entre 2018 e 2021, até ser afastado do cargo pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), em meio a investigações da Polícia Federal por suposta propina de prestadoras do plano de saúde de servidores. Ele renunciou em março de 2022 para escapar de um processo de impeachment.
O ex-governador é alvo de diferentes investigações por suspeita de corrupção, como as operações Hygea, Éris e Timóteo 6:9. Ele foi preso porque, segundo o Ministério Público, vinha planejando uma fuga ao exterior. Ele teria conseguido emitir uma identidade uruguaia e um passaporte italiano.
A prisão aconteceu na Fazenda Joia Rara, no município de São Salvador, no sul do Tocantins, por ordem do juiz Márcio Soares da Cunha, da 3.ª Vara Criminal de Palmas.
O ex-secretário de Parcerias e Investimentos do Tocantins, Claudinei Aparecido Quaresemin, sobrinho do ex-governador, também teve a prisão preventiva decretada. Ele já estava preso em outra investigação.
O ex-governador Mauro Carlesse informa à população tocantinense que recebeu a notícia da prisão com indignação, pois não é condenado em nenhum processo e nem possui qualquer proibição de ir e vir, estando em pleno gozo de todos os seus direitos fundamentais, principalmente o de ir e vir.
Quando requisitado, sempre responde à Justiça com advogado constituído e colabora com as informações solicitadas.
Mauro Carlesse sempre esteve à disposição da Justiça e assim permanecerá. A defesa irá apresentar o pedido de revogação da prisão.