Justiça mantém decisão e três vão a júri por morte de sargento do Exército a tiros e facadas no Acre

Três dos suspeitos presos vão a júri popular e um (de camisa branca) foi absolvido — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Por Iryá Rodrigues

A Câmara Criminal manteve a decisão da 1º Vara do Tribunal do Júri que pronunciou trêshomenspor envolvimento na morte do sargento do exército João Evangelista dos Santos, de 58 anos, no dia 27 de agosto de 2018.

Inicialmente, quatro presos suspeitos de participação no crime tinham sido denunciados pelo Ministério Público. Mas, na decisão da primeira instância somente Thiago Alves Barbosa, Jairo França da Silva e Witalo Carvalho da Costa foram pronunciados para ir a júri popular.

O réu Valdinei Lima de Freitas não foi pronunciado e, portanto, foi absolvido do crime. Contrário à essa decisão, o MP-AC recorreu, mas a Câmara Criminal resolveu manter a impronúncia de Freitas. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (16). Ainda não foi marcada a data do julgamento.

“Na audiência de instrução, depois de ouvidas todas as testemunhas e realizado interrogatório dos réus, nós conseguimos comprovar absolvição dele, ou seja, que ele não teve nada a ver com isso. O MP recorreu, porque queria que ele fosse a júri popular junto com os outros acusados, porém, nessa decisão a Câmara Criminal manteve a absolvição dele. Inclusive essa sentença transitou em julgado”, disse o advogado de Freitas, Jairo Castro.

Crime

O crime ocorreu na Rua Dom João Sexto, no bairro Bahia Velha, em Rio Branco. O sargento foi morto a tiros e facadas.

Um mês após o crime os quatro suspeitos foram presos e apresentado pela Polícia Civil na Delegacia de Investigações Criminais (DIC).

Em reportagem publicada na época da prisão, o delegado que investigou o caso, Rêmullo Diniz, informou que ficou constatado que a motivação do crime foi o interesse em manter oculta as atividades da facção criminosa que atua naquele bairro.

Na ação que prendeu os suspeitos, a polícia cumpriu quatro mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. Segundo o delegado, depois da morte do sargento, a facção estaria intimidando os moradores para que não fossem repassadas informações à polícia.

Rebeca Vitória Santos, de 4 anos, foi morta no dia 21 de setembro de 2018 no Conjunto Habitacional Vila Bete — Foto: Arquivo pessoal

Participação em morte de criança

Um dos presos na ação da Polícia Civil também é suspeito de participação na morte da pequena Rebeca Vitória Santos, de 4 anos, no dia 21 de setembro de 2018. De acordo com a Polícia Civil, Tiago Alves Barbosa estaria também no carro que passou atirando no bairro Vila Betel II e matou a menina.

Um outro suspeito, identificado como Michael Douglas, já tinha sido preso em flagrante um dia após o crime no bairro Boa União. Na casa onde ele estava, a polícia encontrou o carro que teria sido usado no crime e também apreendeu um revólver calibre 38.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
G1 Acre