A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre manteve a condenação de Emerson Alves da Silva, preso por envolvimento no assalto a uma casa paroquial na Vila Betel, em Rio Branco. Na ocasião, dois padres e um seminarista foram rendidos e feitos reféns. A sentença inicial, proferida em maio deste ano pela Vara de Delitos de Roubo e Extorsão, fixou a pena em 8 anos, 7 meses e 10 dias de prisão em regime fechado.
A defesa de Emerson recorreu, pedindo absolvição, redução ou alteração da pena, alegando que o réu não confessou o crime, não foi reconhecido pelas vítimas e que faltariam provas materiais que comprovassem sua autoria.
No entanto, o relator do caso, desembargador Samoel Evangelista, rejeitou os argumentos da defesa. Segundo ele, a negativa de autoria por parte do acusado está isolada nos autos e foi “inteiramente contrariada pela prova acusatória”. Seu voto foi acompanhado por unanimidade pelos demais magistrados da Câmara.
Emerson Alves foi preso em flagrante no dia 21 de março do ano passado por agentes do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), quando tentava levar uma caminhonete modelo S-10 para a Bolívia. O veículo, assim como um Fiat Argo, havia sido roubado durante o assalto à residência dos religiosos. As vítimas foram levadas como reféns para uma área de mata e só foram liberadas após a apreensão da caminhonete.
Outros envolvidos no crime ainda não foram identificados. Emerson também responde a processos por envolvimento com organização criminosa.