A Justiça do Acre revogou a prisão preventiva de Fabrício Vieira Avelino, de 23 anos, investigado pela morte do estudante Pedro Henrique Costa Dias, de 13 anos, ocorrida durante uma confusão generalizada em setembro de 2024, no Conjunto Acarandá, em Rio Branco. Fabrício foi detido no último dia 13, ao desembarcar de um voo no Aeroporto de Rio Branco, mas a decisão favorável foi proferida pelo juiz Alesson Bráz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar.
O magistrado acatou o parecer do Ministério Público do Acre, que considerou as provas colhidas até o momento insuficientes para oferecer denúncia contra Fabrício. De acordo com o promotor responsável, a dinâmica do caso ainda não foi esclarecida, e novas diligências, como acareações entre testemunhas e uma reconstituição do crime, foram solicitadas.
Decisão judicial
Apesar de apontar que existem indícios que ligam Fabrício ao crime, o juiz destacou que o conjunto probatório é frágil e contraditório, o que motivou a revogação da prisão preventiva. No entanto, medidas cautelares foram impostas ao investigado, incluindo:
•Comparecimento a todos os atos processuais;
•Proibição de contato com testemunhas e familiares da vítima;
•Proibição de mudar de residência ou ausentar-se da comarca por mais de sete dias sem autorização judicial.
Defesa e próximo passos
O advogado de Fabrício, Joaz Dutra, afirmou que a prisão foi decretada com base em provas insuficientes. “Após análise dos autos, constatamos que as evidências não indicam com clareza a autoria do crime por parte de meu cliente”, destacou.
Pedro Henrique foi atingido por um golpe de madeira na cabeça durante a confusão e chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu quatro dias depois, gerando grande comoção na capital acreana.
Com a decisão judicial, a investigação terá continuidade, com novas diligências previstas para janeiro de 2025.