Justiça determina indenização de R$ 50 mil à mãe e filho de jovem morta em acidente de moto aquática em rio no AC

Donos do veículo pilotado por Bárbara Bruna Bispo devem pagar ainda uma pensão para o filho da jovem que morreu em janeiro de 2017 no Rio Acre.

Bárbara Bruna Bispo morreu em acidente no Rio Acre em 2017 — Foto: Divulgação/Facebook

Por Aline Nascimento, G1 AC

Os donos da moto aquática conduzida por Bárbara Bruna Bispo durante um acidente com uma lancha no Rio Acre, em Rio Branco, em janeiro de 2017, foram condenados por danos morais e devem pagar R$ 50 mil para a mãe e o filho dela. A sentença saiu mais de três anos após o acidente que matou a jovem.

Além dos R$ 50 mil, o filho da vítima deve receber uma pensão até completar 18 anos ou até os 24 caso passe em uma faculdade.

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A jovem morreu após a moto que ela pilotava se chocar contra a lancha conduzida pelo empresário France Spym Soster, mais conhecido como Gringo. O acidente ocorreu em frente à bandeira do Acre, na Gameleira. Bárbara estava grávida de aproximadamente um mês.

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Uma equipe do Corpo de Bombeiro chegou a ser acionada, mas a vítima já estava morta. A sentença é da 1ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco e cabe recurso.

a reportagem entrou em contato com Valdemir Barbosa dos Santos, dono do veículo, mas ele disse que não vai comentar o resultado. O filho de Santos era quem estava com a moto aquática no momento do acidente e emprestou para Bárbara pilotar.

Empresário inocentado

Já o advogado de Soster, Giordano Simplício, confirmou que Justiça entendeu que o cliente dele não teve culpa no acidente. Com isso, a Justiça julgou improcedentes as acusações contra o empresário.

“Quando ela entrou, foi contra o proprietário e o filho dele, que pilotava a moto, e contra o Soster. A Justiça entendeu que quem teve culpa foi o filho e o proprietário que deveria ter tomado as precauções para o filho não dar a moto para ninguém. Acredito que não vai recorrer [empresário]”, acrescentou.

Justiça feita

O advogado da família de Bárbara, Adaildo dos Santos Silva contou que já foi notificado do resultado, mas espera a família decidir se vai ou não recorrer da decisão.

“A gente pediu um pouco mais, mas os tribunais dão menos do que sempre pedimos. Estou esperando o retorno da família para saber se vão querer aumentar ou não. A justiça foi feita”, argumentou.

Sobre a demora em julgar o caso, o advogado disse que houve alguns problemas que impediram o julgamento. “O processo não foi localizado, infelizmente nossa Justiça não é tão célere, prazos para contestações, embargos. O proprietário da moto não estava incluído, depois foi incluído. Ainda não terminou, podem recorrer e nos também”, frisou.

Testemunha ocular

O filho e a mãe de Bárbara entraram na Justiça contra os donos da moto aquática e o empresário. Porém, uma testemunha, que estava com o grupo da jovem, foi decisiva no processo para inocentar o empresário.

“Isso nos causou surpresa, porque não tínhamos conhecimento dela, que estava no dia do fato. Ela foi categórica em dizer que os responsáveis foram os donos da moto, que deram para alguém que não deveria. Essa pessoa estava no barco que a Bárbara estava quando o rapaz deu o veículo para ela”, concluiu.

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G1 Acre