Cerca de 10 famílias que moram na zona rural do município de Epitaciolândia, precisamente no km 8 da Estrada Velha, onde está localizado o Polo Agroflorestal, resolveram invadir uma área que está dentro de uma reserva ambiental e não pode ser habitada.
A decisão foi da juiza da Comarca, Drª Joelma Ribeiro Nogueira, que acatou o pedido de reintegração feita pela Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção – Seaprof, alegando que a área é do Estado, de conservação ambiental e de uso sustentável.
A cerca de uma década atrás, várias famílias foram assentadas no local com o projeto de sustentabilidade, utilizando cerca de pouco mais de 12 hectares para viver e tirar sua subsistência do local, através do plantio de hortifrúti, criação de aves e outros.
Após estes anos, cerca de 10 famílias souberam que havia uma área dentro dos limites que poderia ser utilizada para construir casas e morar e resolveram invadir. Ao saber da invasão, o representante da Seaprof no município, Adelson Gonsalves dos Santos, esteve no local e avisou que não poderiam estar ali e de nada poderiam fazer, já que a área é do Estado e de conservação ambiental.
Um dos moradores relatou que as famílias estão crescendo e precisam de um lugar para viver. “Não temos para onde ir. Esta área está fora dos limites e resolvemos buscar uma área para construir nossa casa e viver com nossas famílias”, disse um dos invasores.
A decisão de restituir a área, tinha o prazo final para que os invasores saíssem no final do dia desta quinta-feira, dia 23. O descumprimento acarretaria multa diária de R$ 500 reais, além de responder por desobediência à Justiça e outras penalidades.
“Pedimos que o Estado possa ver nosso caso. Não temos como comprar terras, pois somos pobres e queremos um pedaço de terra para viver com nossos filhos”, desabafou um dos invasores.
Segundo foi avisado, os invasores teriam mais 24 horas para se retirarem do local. O prazo seria até esta sexta-feira, dia 24.
Veja vídeo reportagem com Almir Andrade abaixo.