Após quase um ano desde que foi adiado por duas vezes, o júri dos quatro suspeitos de matar e queimar o corpo do motorista da Uber Arthur da Silva Melo, de 26 anos, tem uma nova data. Conforme a Justiça, o julgamento foi remarcado para o próximo dia 18 na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.
A vítima foi encontrada carbonizada dentro do carro na Estrada do Quixadá, em Rio Branco, em abril de 2018.
O julgamento tinha sido marcado inicialmente para ocorrer no dia 1º dezembro do ano passado, mas foi adiado por ausência de testemunhas. Depois, foi remarcado para o dia 21 daquele mês e voltou a ser adiado porque o delegado que seria ouvido como testemunha não compareceu.
Entre os réus estão Sávio Jó Lima, Sidney da Silva, Iara Soares Mendes e Kennedy dos Santos. Conforme a Justiça, além dos quatro réus, três testemunhas devem ser ouvidas no júri, que está marcado para começar às 8h30. Segundo a Justiça, os quatro estão soltos.
Sávio Lima chegou a ser considerado foragido, mas acabou preso no início de maio de 2019 quando tentava sair de Rio Branco com droga. Segundo as investigações, Lima contou com a ajuda do irmão, Sidney Silva, e da namorada, Iara Mendes, na execução do crime. Além deles, Kennedy dos Santos é quem dirigia o carro.
Sidney da Silva, Sávio Lima e Iara devem ser julgados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Já o réu Kennedy dos Santos foi pronunciado por ocultação de cadáver.
Arthur Melo levou um tiro na cabeça antes de ser queimado dentro do carro. Na época, o delegado responsável pelo caso, Cristiano Bastos, falou que a vítima foi queimada ainda quando estava viva.
A Uber chegou a enviar a imprensa do G1-Acre uma nota na época do crime lamentando a morte do motorista. “Atuava como motorista parceiro, mas, pelas informações obtidas, não estava usando a plataforma no momento do crime. Portanto, o crime não tem qualquer relação com sua atividade pelo aplicativo”, resumiu.
Sávio Lima preso em maio de 2019 quando tentava sair de Rio Branco com droga — Foto: Divulgação PC/AC
O crime ocorreu dentro da residência do motorista de aplicativo de transporte, segundo o delegado responsável pelo caso.
Ainda conforme Cristiano Bastos, delegado responsável pelas investigações, Sávio Lima acreditava que o motorista levava informações para uma organização criminosa rival da qual ele pertence e, por isso, ele decidiu executar a vítima e efetuou um disparo na nuca.
Ao chegar na estrada do Quixadá, os suspeitos atearam fogo no veículo e mataram a vítima carbonizada. Isso porque, de acordo com o delegado, nesse momento ela ainda respirava. Uma moradora da Estrada do Quixadá, em Rio Branco, acionou a polícia após encontrar o carro queimado.