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Julgamento de Médico acusado de matar colega acreano na Bahia é marcado para setembro

O médico acreano Andrade Lopes Santana, 32 anos, que foi encontrado morto amarrado a uma âncora dentro de uma lago.

O julgamento do médico Geraldo Freitas Junior, acusado de assassinar o colega acreano Andrade Lopes Santana, será realizado no dia 26 de setembro de 2024, no Fórum Filinto Barros, em Feira de Santana, a 100 km de Salvador. O crime ocorreu em maio de 2021, em São Gonçalo dos Campos, e desde então, Geraldo Freitas está preso.

Inicialmente agendado para dezembro de 2023, o julgamento foi adiado após a defesa de Geraldo solicitar a mudança da comarca de origem, alegando que o corpo de Andrade foi encontrado em São Gonçalo dos Campos, o que poderia influenciar na sentença final. Geraldo foi preso em 28 de maio de 2021, quatro dias após o desaparecimento de Andrade e no mesmo dia em que o corpo do médico acreano foi encontrado no Rio Jacuípe.

Desde 9 de agosto de 2023, Geraldo está preso no Conjunto Penal de Jequié, após ser transferido do Conjunto Penal de Feira de Santana, a pedido da defesa. Os advogados alegaram que os familiares da esposa dele moram no sudoeste da Bahia. Apesar da transferência, Geraldo permanece à disposição da vara do júri de Feira de Santana e retornará à cidade para o julgamento.

Geraldo Freitas de Carvalho Júnior, estudou medicina com Andrade (a vítima) na Bolívia.

Geraldo confessou o crime à Polícia Civil, afirmando ter matado Andrade e, posteriormente, registrado o desaparecimento do colega na delegacia. As investigações indicaram que ele agiu sozinho. Andrade desapareceu em 24 de maio de 2021, quando saiu de Araci, onde morava e trabalhava, com destino a Feira de Santana. No mesmo dia, Geraldo registrou o desaparecimento.

O corpo de Andrade foi encontrado com um tiro na nuca e uma âncora amarrada, no Rio Jacuípe. Segundo o delegado Roberto Leal, o crime foi motivado por um desentendimento entre os dois médicos. Geraldo comprou uma caminhonete em nome de Andrade, pois não tinha crédito no Serasa, e não efetuou o pagamento acordado.

A defesa de Geraldo alega que ele não tinha a intenção de matar Andrade. No entanto, a polícia acredita em premeditação, pois Geraldo levou Andrade para o meio do rio com o objetivo de cometer o crime, além de ter levado uma âncora e uma arma ao local.

Geraldo e Andrade estudaram medicina juntos na Bolívia e se mudaram para o interior da Bahia para trabalhar após a conclusão do curso. Antes de ser apontado como suspeito, Geraldo recebeu os familiares de Andrade, que saíram do Acre para acompanhar as buscas pelo corpo.

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Publicado por
Alexandre Lima