O estudante de medicina Junior Sales, acusado de assassinar a namorada, Francisca Patrícia Alves, 27, no último domingo, na cidade de Cobija, na Bolívia, está foragido.
Junior estava internado no Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), desde a noite do crime por ter tentado tirar a própria vida. Mesmo internado e sem ser ainda julgado juridicamente pelo caso, Júnior estava sendo acompanhado por policiais civis no leito 134 da unidade hospitalar por precaução.
O mandado de prisão para acusado foi decretado às 16h24min de ontem, 5, mas ele recebeu alta hospitalar duas horas antes do pedido. Como não foi mais encontrado, ele já é considerado foragido pela polícia.
“Ele não fugiu no hospital. Ele saiu porque recebeu alta e ainda não tinha sido decretada a prisão dele. Com isso, a polícia não podia fazer nada, pois se o acompanhasse seria abuso de autoridade”, disse o assessor de Comunicação da Polícia Civil.
O mandado de prisão foi expedido pelo juiz de direito Hugo Torquato a pedido do delegado Cristiano Basto, da Delegacia de Brasileia. No mandado, o juiz diz que quem deveria se manifestar sobre o caso era algum juiz de Rondônia, cidade onde morava a vítima.
A prisão temporária do acusado é para garantir maiores investigações sobre o crime já que Júnior é considerado o principal suspeito, além de dar prazo à Justiça de Rondônia de se manifestar.
A Polícia Civil pede para quem souber informações sobre acusado que informe em qualquer unidade policial do estado.
Crime
Patrícia foi assassinada com 15 facas e teve seu rosto mordido. Os jovens estudavam na Universidade Amazônica de Pando (UAP).
O acusado, após matar Patrícia, teria tentado tirar a própria vida, mas foi encontrado agonizando por policiais bolivianos.
Temendo ser maltratado no hospital boliviano, os policiais o encaminharam para a Brasiléia que, devido o estado de saúde ter sido considerado grave, foi conduzido para a capital acreana.
Segundo informações, a causa do assassinato teria sido o rompimento da relação por parte da vítima.
O corpo de Patrícia foi transladado para de Rio Branco para exames cadavérico no Instituto Médico Legal (IML) e depois encaminhado para Rondônia.