Livro ‘Naquele Tempo’ foi escrito pelo jornalista Toinho Alves e ilustrado por Marina Bylaardt, esposa do escritor. Obra tem dez histórias que Toinha contava para o filho Elias dormir.
O jornalista e escritor Toinho Alves lançou, nessa quinta-feira (10), o livro infantil ‘Naquele Tempo’ com dez histórias pequenas, linguagem simples e de fácil entendimento sobre o Acre nos anos 60. A obra é baseada nas histórias da infância dele contadas para o filho Elias dormir.
As histórias começaram a ser contadas quando o menino tinha entre 4 a 5 anos. Atualmente, Elias tem 9 anos. “Não pensei que escrever tentando ser entendido por crianças seria tão difícil. Também não pensei que colocar em texto aquilo que falamos com tanta facilidade poderia ser tão doloroso. Durante o período em que escrevia esse livro tive dificuldades de encontrar as palavras, as histórias”, relembra.
O livro tem a parceria da esposa de Toinho, a ilustradora Marina Bylaardt. “Marina ficou impressionada com as histórias de minha infância que eu contava para o nosso filho Elias, todas as noites, na hora dele dormir. Aí nasceu a ideia do livro e a inspiração para as imagens”, explica o autor.
O lançamento foi feito durante uma live nas redes sociais do jornalista. Ele leu a história ‘Fora do Tempo’ durante o lançamento da obra. Segundo Toinho, o texto tem um significado importante para ele.
Toinho Alves contava histórias da infância dele para o filho Elias dormir — Foto: Reprodução
“São pequenas lembranças de histórias, às vezes não tem um grande enredo, às vezes é uma lembrança de um lugar, mas tem um elemento daquela época, de como era a cidade, a vida. Pode despertar nos acreanos mais velhos sentimentos repassados para filhos e netos”, destaca.
A obra é publicada com recursos do Fundo Municipal de Cultura, da Fundação Garibaldi Brasil (FEM). O casal vai ainda doar exemplares para as escolas municipais. A obra pode ser adquirida pela internet, na rede social do jornalista. Basta mandar uma mensagem para o escritor.
Ainda durante o lançamento, Toinho falou sobre as dificuldades e memórias dolorosas que teve durante a elaboração da obra.
“Me lembrei muito do meu pai, da minha mãe, das dores, a infância não são só brincadeiras, amigos que não estão mais nesse mundo, comecei a me lembrar do quanto pedi na minha infância e inocência ao longo desses 60 anos. Também me lembrei do quanto perdemos da cidade, da cultura, da paisagem, do que era viver naquele tempo e agora”, concluiu.
Obra tem 10 histórias sobre a infância de Toinho em Rio Branco nos anos 60 — Foto: Divulgação