Jornalista defende mídia acreana após declaração de secretário de polícia

Em Defesa da Mídia Acreana

Por Lenilda Cavalcante*

Jornalista Lenilda Cavalcante – Foto: Facebook

Estaria a mídia armada de faca, paus, ripas, revolveres e escopetas matando, executando nos bairros mais afastados do centro? São os jornalistas e repórteres que estão assaltando no centro da cidade, na frente do Quartel Geral da polícia Militar? Devem ser colunistas sociais que estão furtando e roubados motos e veículos desmanchando-os ou levando-os para a Bolívia para trocar por droga?
Por fim são os profissionais da Imprensa local que elaboram os Boletins de ocorrências, quando são registrados e esquecem a continuidade as investigações?

Sem a menor vontade ou interesse de ser formal, sinto-me no direito de fazer tais questionamentos ao senhor Emylson Farias, Secretário de Policia Civil do Estado do Acre, após as declarações prestadas por ele esta semana em um programa de entrevista local.

“Poupe-me” saia do seu gabinete, ouça as necessidades dos seus agentes, aqueles que estão nas delegacias principalmente do interior do estado sem a menor condição de trabalho. Sem viaturas, ou quando muito tem viatura falta o combustível. Assuma que o senhor não estar conseguindo oferecer condições de trabalho para seus comandados e pare de transferir culpas.

Se o seu departamento de estatística não funciona, eu tenho e posso lhe dispor nome, sobrenome daqueles que tombaram na ponta de uma faca ou por causa de perfurações a tiros, ou ainda aqueles que tiveram suas cabeças esmagadas a pauladas, alias não tenho somente os nomes e sobrenomes não, tenho também as fotos dos corpos caídos e as famílias chorando.

Tenho o endereço das viúvas de comerciantes que tiveram suas vidas ceifadas dentro de seus comércios, como também conheço as famílias dos jovens que foram mortos em frente de casa e que em alguns casos os jovens nunca tiveram contato com o ilícito, mas a polícia deu como resposta a sociedade que o crime teria sido motivado por envolvimento com o tráfico de drogas, como ser usuário de drogas faça o jovem deixar de ser cidadão.

Senhor Emylson Farias poupe-me mesmo, quando não tiver nada o que falar, ao invés de ir a uma emissora de televisão atacar a imprensa, procure seus pares (delegados, Peritos, escrivão, agentes, auxiliares de necropsia) e pergunte o que eles precisam para servir melhor a sociedade, mas pergunte mesmo direto, a verdade doe, mas é solução. Não mande recado porque a imprensa é a voz da sociedade e só transmite a realidade dos fatos.

Lenilda Cavalcante

Jornalista – Editora Chefe do Site Ecos da Ecos da Notícia

 

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Publicado por
Alexandre Lima