Jorge Viana cobra melhoria do fornecimento de energia no Acre

Em audiência pública na Comissão de Infraestrutura, senador lembra que obras do linhão de transmissão elétrica das usinas do rio Madeira até Cruzeiro do Sul precisam ser retomadas para garantir energia limpa no estado

O senador Jorge Viana (PT-AC) pediu a retomada dos investimentos do governo federal para garantir mais qualidade no fornecimento de energia elétrica no Acre. Durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, o parlamentar lembrou ao ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a necessidade de retomar as obras do linhão de transmissão de energia que liga as usinas do Rio Madeira, que já chegaram a Rio Branco, para garantir o abastecimento a outros municípios do Acre, especialmente na região do Juruá.

“Isso vai melhora a qualidade da energia que chega no estado”, comentou o senador, lembrando que o governador Tião Viana tem lutado para levar a linha, cuja extensão chega a 680 quilômetros, até Cruzeiro do Sul. “No último dia 27 de maio, a cidade, que é a segunda maior do Acre, ficou cinco horas sem energia. O prejuízo foi enorme. Parou tudo”, lamentou. De acordo com o senador, o evento trouxe ainda muitos transtornos à população de outros quatro municípios do estado.

Jorge Viana comentou que a linha de transmissão vai permitir a “limpeza” da matriz energética do Acre, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. “Queremos segurança para a geração de energia”, disse. “À exceção dos municípios de Santa Rosa, Jordão, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, as 18 cidades restantes terão energia limpa”, comentou.

O senador disse que Cruzeiro do Sul tem as tarifas de combustível mais caras do Brasil. “O litro de gasolina custa mais de R$ 4,70. É muito injusto com a população. O óleo diesel custa mais de R$ 4,20. Temos que pagar para sermos brasileiros, nós que somos do Norte?”, questionou.

Fernando Coelho Filho apresentou à comissão as ações do governo federal para o setor e disse que o grande objetivo da pasta é dar segurança energética a preços competitivos. O ministro explicou que o governo não quer mais dosar o ganho das empresas e que deve ser decisão do investidor escolher o negócio. Coelho disse que a retomada do crescimento econômico do país passa pelos setores energético e mineral e apresentou as ações que o governo tem feito e que pretende concluir até 2018, entre elas a maior oferta de energia renovável e ampliação das linhas de transmissão.

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Publicado por
Alexandre Lima