Invasores do PAE Barreiro são informados sobre prazo para desocupação

Os mais de 100 ocupantes irregulares das terras do Projeto Assentamento Agroextrativista PAE Barreiro, localizado no município de Porto Acre terão até o dia 20 de dezembro de 2015 para desocupar a área, conforme foi esclarecido e definido durante reunião ocorrida na manhã de ontem na Vila Caquetá, com a equipe do Incra/AC e Polícia Federal.

Durante a reunião o Ouvidor Agrário do Incra Adaildo dos Santos esclareceu sobre as penalidades previstas em lei quanto à ilegalidade de invadir terras da União, passível de pena privativa de liberdade de três a seis meses. Além disso, o invasor também perde o direito de se inscrever para o processo seletivo para assentamentos do Incra.

O PAE Barreiro foi criado em 2005 com capacidade para assentamento de 20 famílias, numa área de 8.1 mil hectares. Por se tratar de projeto ambientalmente diferenciado, o perfil produtivo é prioritariamente extrativista, com atividades compatíveis com a manutenção da fauna e da flora, a exemplo do plano de manejo florestal em execução no assentamento.

A localização há 72 km de Rio Branco e proximidade com a BR-317 ocasiona pressão social sobre o imóvel. Também a existência de três outros assentamentos tradicionais com cerca de 800 famílias, somada à presença de “especuladores” e de ex beneficiários da reforma agrária contribui para estimular o processo de invasão.

O delegado da Polícia Federal Leandro Ribeiro esclareceu sobre a importância de chegar a um entendimento sobre a saída pacífica dos ocupantes, pois mesmo estando sensível aos problemas sociais envolvendo a posse da terra, não é possível ignorar que todos estamos submetidos a lei e nesse caso já existe determinação judicial para fins de desocupação.

Demanda constante

Para coibir as invasões no PAE Barreiro o Incra já desencadeou ações conjuntas com o Pelotão Ambiental da Polícia Militar, Instituto de Meio Ambiente do Acre e Polícia Federal, com reuniões na sede do órgão, no assentamento e até mesmo na Assembleia Legislativa do Acre visando conciliar conflitos e retirar os invasores.

Até mesmo uma ação de reintegração de posse já foi realizada em 2014, contando, inclusive, com a presença de um delegado da Polícia Federal no assentamento, o qual explicou de forma detalhada a irregularidade do ato de invasão e suas consequências.

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Publicado por
Alexandre Lima