Por Alcinete Gadelha
O indígena Ribamar Domingo Kaxinawá, foi preso na tarte desta terça, 28, no Centro de Santa Rosa do Purus, acusado de ter estuprado a própria filha, uma menina de 9 anos de idade.
O delegado de polícia, Rodrigo Noll, conta que a denúncia do estupro foi feita ao Conselho Tutelar da cidade, que acionou a Polícia Civil para prender o homem. O indígena está preso na delegacia e a menina foi levada pelos conselheiros tutelares para atendimento médico e em seguida, para a casa de parentes.
O delegado, que não está em Santa Rosa, explica não ter ainda muitos detalhes sobre o caso. Não sabe se este foi o único estupro ou o fato é recorrente. Nesta quarta-feira, 29, ele vai ouvir, por meio de vídeo, o acusado e as testemunhas.
A prisão foi feita pela Polícia Militar, em apoio ao Conselho Tutelar do município, que recebeu denúncia de abandono de incapaz e também de abuso sexual.
“A gente recebeu a denúncia, investigamos, pedimos o apoio da PM e, quando levamos a menina para fazer o exame de conjunção carnal, foram confirmados os abusos”, disse uma conselheira que acompanha o caso e pediu para não ser identificada.
O comandante da PM no município, Daniel Silva, informou a reportagem que , ao chegar na casa, o pai não estava, apenas a menina e o irmão de 11 anos. Após buscas, o homem foi encontrado no Centro da cidade e foi levado para a delegacia.
“É uma situação absurda. Desde os oito anos que ele violava a menina. A criança estava bastante machucada. Quando ele mantinha relações, ela não podia gritar, ele batia”, contou o comandante.
A menina ainda teria dito à polícia que o pai não deixava ela dormir à noite tocando nas partes íntimas dela, quando bebia. A menina era castigada e apanhava se negasse ou fizesse algum barulho durante os abusos.
“Ele foi levado para a delegacia e agora esperamos a juíza expedir o alvará da prisão preventiva, para depois ele ser encaminhado ao presídio de Sena Madureira”, disse.
O menino foi levado para a casa de parentes e a menina está sob responsabilidade do Conselho Tutelar, que tenta conseguir um abrigo para ela, até que a mãe, que mora em outro município do interior, chegue em Santa Rosa.
“Já fizemos a solicitação para que ela seja atendida pelo psicologo do município”, concluiu a conselheira.