O superintendente o Incra, Idésio Luis Franke reuniu no último fim de semana com os cerca de 130 invasores da Fazenda Canary, no km 85 da BR-364, sentido Sena Madureira, defendendo a orientação dos governos federal e estadual em centrar esforços para contornar crises e atenuar situações de conflitos agrários.
Já no início da conversa com as famílias invasoras o superintendente fez questão de esclarecer sobre a legalidade do direito a propriedade privada, tanto pelos grandes, pequeno e médio proprietários rurais, acrescentando que seu papel à frente do Instituto é ouvir os trabalhadores e procurar resolver de forma legal a questão.
Idésio Franke acrescentou ainda que, o Incra, na incumbência da Reforma Agrária e regularização fundiária tem como finalidade garantir o acesso a terra e de políticas públicas para melhorar as condições de vida das famílias.
Da reunião também participaram líderes dos movimentos sociais, vereadores do Bujari e servidores do Incra que esclareceram as famílias sobre a situação legal dos cerca de 5800 hectares que estão inseridos no perímetro da fazenda Canary, reconhecidos como terra devoluta – não reconhecida como de domínio particular – pelo procedimento discriminatório administrativo realizado pela Superintendência.
Essa situação de não regularidade em relação cadeia dominial das terras foi identificada após a pretensão do Incra na aquisição do imóvel, que inclusive chegou a ser cogitado no plano emergencial de assentamento das famílias de trabalhadores rurais que habitam a faixa de fronteira boliviana.
Durante a reunião de trabalho as famílias solicitaram através dos movimentos sociais a definição legal de qual área da Canary é de propriedade privada e quanto das terras pertence a União. Os trabalhadores rurais também denunciaram supostas irregularidades em retiradas de madeira através de pratica de manejo em desacordo com a lei ambiental.
Fonte: O Rio Branco