Ministro explicou que, no momento, o incêndio é de pequena magnitude, levando em consideração que o rumo do vento mudou e está voltando para o lado brasileiro.
Ministro explicou que, no momento, o incêndio é de pequena magnitude, levando em consideração que o rumo do vento mudou e está voltando para o lado brasileiro.
Marcus José
O vice-ministro da Defesa Civil, Juan Carlos Calvimontes, informou esta quarta-feira que o incêndio no estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil, entrou em território boliviano, afetando o Parque Nacional Otuquis, no município de Santa Cruz de Puerto Suárez, portanto Os trabalhos de combate a incêndio começaram.
“No domingo recebemos informações de um incêndio de magnitude impressionante que começou em Mato Grosso do Sul, em Corumbá, e que neste dia (5), ingressou no território boliviano pelo setor de Laguna Cáceres, Parque Otuquis”, afirmou as autoridades Bolivianas em coletiva à imprensa.
Vice-ministro explicou que, no momento, o incêndio é de pequena magnitude, levando em consideração que o rumo do vento mudou e está voltando para o lado brasileiro.
“O fogo está em um setor que fica no Pantanal, uma área extremamente úmida, com arbustos pequenos, não entrou na área de mata e estimamos que possa ser controlado durante o dia”, disse Calvimontes.
Neste quadro, garantiu que desde domingo foram ativados os alertas antecipados do Comando Conjunto de Resposta a Eventos Adversos (CCREA). Mais de 72 bombeiros florestais da Marinha Boliviana já estão no Parque Nacional Otuquis combatendo o incêndio.
Área percorrida pelo Corpo de Bombeiros na fronteira com Bolívia — Foto: Divulgação
No entanto, a fumaça registrada fez com que as autoridades do Ministério da Saúde de Puerto Suárez suspendessem os trabalhos escolares, nesta quarta-feira.
Da mesma forma, Calvimontes indicou que o Sistema Integrado de Monitorização detectou que até o dia de ontem, terça-feira (4), foram registadas 2.882 fontes de calor em todo o território nacional, que se distribuem em Santa Cruz, 2.085; Beni, 693; Paz, 27; Cochabamba, 20; Pando, 33; Chuquisaca, 8; Potosí, 12; e Oruro, 4.
“O fogo está em um setor que fica no Pantanal, uma área extremamente úmida, com arbustos pequenos, não entrou na área de mata e estimamos que possa ser controlado durante o dia”, disse Calvimontes.
A corporação Brasileira, ressalta também que iniciaram em abril a Operação Pantanal, atualmente na etapa de Preparação e Prevenção para os períodos de seca extrema. São 61 militares em ação, divididos entre atividades de gerenciamento e campo
Os focos de incêndio no bioma Pantanal, presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, cresceram 931% em um ano, mostram os dados do Satélite de Referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Enquanto em 2023 foram registrados 91 focos de incêndio pelos pesquisadores, entre os meses de janeiro e junho, em 2024 o índice saltou para 939, no mesmo período.
Apenas em Mato Grosso do Sul, foram 521 focos neste ano, contra 52 no ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros do estado, equipes conseguiram contem o fogo em três Parques Estaduais: Pantanal do Rio Negro (Pantanal); Nascentes do Taquari (Cerrado) e Várzeas do Rio Ivinhema (Mata Atlântica)
Na manhã de ontem terça-feira (4), saiu de Campo Grande (MS) a aeronave Fronteira 1 da Polícia Militar, com destino a Corumbá. Ela vai ajudar os combatentes a acessar as regiões de incêndio. Junto com a aeronave chegará um militar especialista em Incêndio Florestal para reforçar a guarnição.
Enquanto em 2023 foram registrados 91 focos de incêndio pelos pesquisadores, entre os meses de janeiro e junho, em 2024 o índice saltou para 939, no mesmo período.
Especialistas explicam que junho é o período em que começam as queimadas no bioma, que pode durar até seis meses. O inverno é considerado um período de atenção, já que o tempo fica seco e há menos chance de chuvas.
O cenário foi enfrentado por seis militares no último domingo (2), para combater dois focos de incêndio de grandes proporções em Corumbá. O fogo foi tamanho que uma extensa cortina de fumaça subiu pela cidade.
“A principal dificuldade do trabalho pelas autoridades brasileira, é acessar esses focos, por conta das características do pantanal, mas os militares estão nos dois locais, apenas em Mato Grosso do Sul, foram 521 focos neste ano. Bombeiros tentam conter fogo que se espalha em área alagada, na região de Corumbá, na fronteira do Bolivia’, relatou o capitão Samuel Pedrosa, do Corpo de Bombeiro do estado.