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Acre

Iguarias regionais são atração e movimentam economia durante Expoacre Juruá

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Tapioca feita na hora, acompanhada de chá de cerejeira; inhame branco e roxo; caldo de cana e farofa de gengibre e manjericão, entre outras iguarias de encher os olhos e dar água na boca. Assim é o espaço do produtor, montado na Expoacre Juruá, que encerra neste domingo, 4, na Arena do Juruá, em Cruzeiro do Sul.

Um espaço dedicado a produtores se torna uma vitrine para que eles possam fechar negócios e até expandir o alcance de suas vendas por meio da segunda maior feira do agronegócio do estado.

Tapioca feita na hora atrai clientes na Expoacre Juruá. Foto: José Caminha/Secom

Com uma casa de farinha montada em meio ao estande, Izaías Almeida, que mora na comunidade do Alto Pentecoste, em Mâncio Lima, estava vendendo farinha de todos os tipos e também fazendo uma tapioca quentinha acompanhada de um chá de cerejeira. Mais típico do que isso impossível.

“Estão procurando mais farinha milito de coco. Tudo que nós produzimos na comunidade está sendo vendido aqui e é uma produção que envolve toda a família, por isso, trouxemos a farinha toda pronta”, disse.

A sacada de servir a tapioca com o chá foi um diferencial. Ao mesmo tempo que os visitantes podem conhecer todo o processo da produção, degustam a tapioca feita na hora, um dos produtos queridinhos do acreano. “Superou o que a gente estava esperando para a venda, porque aqui é mais para exposição, mas conseguimos vender bem”, avaliou.

Biscoito de goma é um dos produtos mais tradicionais de Cruzeiro do Sul. Foto: José Caminha/Secom

Tapioca feita na hora com chá

A tapioca vendida por ele é a tradicional, molhada no leite de coco. “O chá também fez sucesso. As pessoas deixam de tomar o café para tomar nosso chá”.”

Nadir Braga estava no estande e já garantiu milho verde, pamonha e cana de açúcar. “Sou de Cruzeiro do Sul e amo os produtos daqui, também estou levando um biscoito de goma que não pode faltar”, revela.

Assim como ela, Francisco Viana não abre mão de uma tapioca com café. “Comprei biscoito, tapioca, pamonha e canjica. Tudo que eu mais gosto.”

Maria Antônia Souza já conhecia o estande de outros anos e já foi especificamente para comer nesse ponto. “O que mais gosto é da farinha, pamonha e a tapioca. Essa ideia do chá foi ótimo também, adorei”, disse.

José Carlos Souza da Silva disse que é a primeira vez que visita a Expoacre Juruá e ficou encantado com o espaço. “Achei legal que dá espaço para eles e o espaço ficou muito bonito”, opinou.

Farofa temperada surpreende durante Expoacre Juruá. Foto: José Caminha/Secom

Farofa temperada

Adauto de Paula estava vendendo farofas temperadas. Uma delas de manjericão e gengibre e outra apimentada. Ele disse que o estoque restante talvez não chegue nem ao fim da noite, pois a saída foi muito boa. Antes de fechar negócio, o cliente pode dar uma provinha.

“A nossa cooperativa tem quatro anos e um pouquinho. E agora, com esse produto, está com três anos que a gente está trabalhando com ele. Na verdade, primeiro a gente começou com um produto de inovação na questão da farinha. Eu acho que foi uma das primeiras farinhas temperadas que surgiram aqui no estado. Mas, por algumas questões, a gente queria colocar um produto realmente de qualidade na mesa do nosso cliente”, contou.

Segundo ele, a farofa com pimenta é a queridinha dessa edição, mas admite que muita gente tem se surpreendido com a farofa de gengibre e manjericão.

“Às vezes as pessoas têm um receio com o gengibre, que aqui na nossa região não é usado tanto como tempero, mas quando as pessoas provam se surpreendem porque é muito bom.”

Osana Araújo estava visitando os estandes e decidiu provar as farofas e não é que a visita se tornou uma compra? Como boa cruzeirense, ela levou uma de cada tipo de farofa para experimentar.

Produtos regionais dão cores e sabores ao espaço do produtor. Foto: José caminha/Secom

“Para o acreano, a farinha é indispensável no nosso alimento e ver essa farofa tão deliciosa não tem como não levar para casa. Vou levando as duas e já vou marcar ele no Instagram e já levei outras colegas minhas também para degustar a farofa. Sou acreana com muito orgulho, cruzeirense, filha de seringueiro e é muito importante essa exposição, porque tem muita gente que não conhece. Eu, particularmente, não conhecia essa farofa e agora estou levando pra casa e fazendo a propaganda”, contou animada.

O espaço também tem inhame, roxo e branco, e os diversos tipos de feijão produzidos em Marechal Thaumaturgo. “Esse espaço aqui ajudou muito a gente e já vendi muito, graças a Deus”, disse Gilmar da Silva.

De Mâncio Lima, Maria da Conceição estava com o marido vendendo caldo de cana e coco, que é muito produzido na cidade onde moram. “Este é nosso primeiro ano e estou gostando muito, graças a Deus. Era o meu sonho chegar aqui e estou muito feliz. Quem não veio perdeu, porque já dei uma olhada rápida e a renda está muito boa.”

A organização da Expoacre Juruá informou que, nas quatro noites, cerca de 120 mil pessoas passaram pela feira. Esse público ainda deve superar as expectativas, já que Manu Bahtidão se apresenta no encerramento.

Fonte: Governo AC

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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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