ICMBio e Polícia Federal deflagram operação na bacia do Rio Purus

Em uma operação de 11 dias, agentes do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal do Acre em apoio ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Boca do Acre, localizado no Amazonas, realizaram a “Operação Rios”, visando o combate à biopirataria, pesca ilegal e predatória, caça ilegal, transporte de madeira ilegal, degradação, desmatamento e porte ilegal de arma de fogo.

Ao todo foram mais de 1100 quilômetros de rios patrulhados, nos quais foram abordadas aproximadamente 25 embarcações suspeitas. A operação iniciou no dia 28 de julho e encerrou no dia 08 de agosto.

Durante a missão a equipe PF/ICMBIO se pautou em três eixos operacionais: a primeira refere-se a uma atividade educativa, na qual foi apresentado o objetivo da missão, repassado informações e elucidando dúvidas de pescadores da região; a segunda por meio de aplicação de notificações/infrações administrativas a pescadores que atuavam em área protegida; e a terceira por meio de prisões em flagrante de crimes ambientais.

A equipe identificou três embarcações com ilícitos penais de ordem ambiental, sendo necessário encaminhar três detidos a 63ª DIP da cidade de Pauini/AM e quatro detidos a 61ª DIP de Boca do Acre/AM.

Foram apreendidos 80 ovos de quelônios; 01 quelônio do tipo Tracajá e 01 ave da espécie Nambu, ambos abatidos; 23 quelônios tipo Tracajá e 01 quelônio tipo tartaruga, os quais foram devolvidos vivos ao seu habitat natural após apresentação a autoridade policial; 28 redes e arrastões diversos utilizadas na pesca predatória; 326 vigas de madeira Cumaru Ferro e 02 motosserras sem registro, utilizadas no desmatamento de madeira no entorno de terras indígenas; 01 pistola calibre 9mm; 09 escopetas e espingardas sem registro, utilizadas para caça; 118 munições e cartuchos de diversos calibres, 72 espoletas intactas e aproximadamente 05 quilos de pólvoras e chumbo utilizados na recarga de cartuchos de escopetas.

Dentre as apreensões, destaca-se quase duas toneladas de pescado fresco ilegal, sendo que uma tonelada e 900 quilos de peixe Pirarucu (apelidado de gigante da Amazônia – espécie protegida por lei federal e estadual – na qual a cultura e o transporte devem ser devidamente registrados, comprovados e autorizados). Imediatamente após apreendidos os pescados foram doados para hospitais e entidades de assistência social.

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Assessoria