A etapa no Acre faz parte de um esforço nacional de inteligência e fiscalização ambiental que tem como foco o fortalecimento da gestão florestal na Amazônia Legal. Foto: captada
O Ibama realizou uma importante etapa da Operação Metaverso no Acre, resultando na aplicação de R$ 13,3 milhões em multas e na apreensão de 424 metros cúbicos de madeira de diversas espécies extraídas ilegalmente. A ação, que emitiu 16 autos de infração, representou um avanço significativo no combate a fraudes no setor madeireiro através da implementação de novos mecanismos de rastreabilidade capazes de identificar a origem e o destino da madeira.
De acordo com o órgão ambiental, a operação introduziu métodos inovadores de análise da cadeia de custódia florestal, garantindo maior transparência no controle da produção madeireira no estado. A apreensão das toras irregulares impede que a madeira ilegal entre no mercado legal, coibindo a devastação florestal e fortalecendo a fiscalização sobre as atividades de exploração na Amazônia acreana.
Durante as fiscalizações, o Ibama identificou planos de manejo florestal sustentável (PMFS) executados em desacordo com as licenças ambientais e detectou inserção de informações falsas no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) e nos sistemas DOF Legado e DOF+ Rastreabilidade. Esses créditos irregulares, que somavam 3,9 mil m³, foram cancelados para evitar o chamado “esquentamento” da madeira, prática que tenta mascarar a origem ilegal do produto.
Além das apreensões e bloqueios, as equipes encontraram indícios de fraude em documentos assinados por responsáveis técnicos (RTs). Diante disso, o Ibama informou que notificará o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) para adoção das medidas cabíveis.
De acordo com o instituto, as ações – que resultaram em multas e apreensão de madeira ilegal no estado – contribuem diretamente para a preservação da floresta amazônica, a redução de ilícitos ambientais e o combate às fraudes na comercialização de produtos florestais.
A operação representa um avanço na estratégia federal de implementar novos mecanismos de rastreabilidade capazes de identificar a origem e o destino da madeira, garantindo maior transparência e controle sobre toda a cadeia produtiva. As fiscalizações buscam coibir a exploração ilegal que alimenta o desmatamento na região, reforçando a atuação integrada dos órgãos ambientais na proteção do bioma amazônico.