Familiares e populares ameaçaram invadir a delegacia e foi necessário sua transferência para outra delegacia
Alexandre Lima, da redação
O crime ocorreu por volta das 19h30 da última segunda-feira, dia 17, no Bairro Pantanal, na cidade de Xapuri, distante cerca de 75km da fronteira do Acre. A vítima, conhecido por Cleilton ‘Pipoca’, de 19 anos, não resistiu ao ferimento de espingarda calibre 28 no peito direito, mesmo andando pouco metros após o tiro.
Seu algoz, foi Antoniel Pereira Feitosa (20), que vinha guardando uma mágoa a cerca de um ano, depois que se envolveu numa briga com vítima e mais alguns parentes ou amigos que estavam com ele, por acharem que teria mexido com a namorado de um deles.
“Apanhei um bocado do ‘Pipoca’ lá no Mirante que estava junto de seus amigos. Depois disso, passei a ser motivo de ameaças e chacota por parte dele. Toda vez fazia algum tipo de gesto como se tivesse uma arma na mão ou cortando o meu pescoço, mas nunca reagi”, disse Antoniel.
Essas indiretas desferidas por Cleilton, foi o motivo que fez Antoniel desistir de comprar uma carne para que sua esposa fizesse o jantar. Disse à sua companheira que iria resolver ‘uma coisa’ e foi até uma casa para buscar uma espingarda calibre 28 e foi até o local onde estava a vítima.
“Cheguei próximo a ele (vítima) e perguntei se realmente estaria me ameaçando de morte e ele disse que sim, que iria matar a qualquer momento. Então puxei a arma e atirei no peito dele”, disse.
Cleilton ainda deu poucos passos até cair e morrer antes mesmo de receber os primeiros socorros, enquanto Antoniel tomou rumo ignorado até esta quarta-feira, dia 19, quando de apresentou por volta das 16h00 com advogado na delegacia da cidade.
Segundo o investigador civil Eurico Feitosa, já vinham trabalhando para encontrar o acusado. Com a chegada na delegacia, um grande número de pessoas e parentes passaram a ameaçar de invadir o prédio e linchar Antoniel.
Por medida de segurança, foi necessário transferir o detido para a delegacia da cidade de Epitaciolândia, aja visto que deveriam guardar e manter a integridade física. O acusado seria ouvido pelo delegado plantonista e encaminhado ao presídio estadual em Rio Branco, ficando a disposição da Justiça acreana.
A arma usada no crime ainda está sendo procurada pelos agentes da delegacia de Xapuri.