Por Alcinete Gadelha, G1 AC
Com diagnóstico de esquizofrenia, Alisson Vieira de Araújo, 34 anos, foi transferido do Presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira, no interior do Acre, para o Francisco D’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, nesta quinta-feira (3).
A transferência foi autorizada pelo Judiciário e Ministério Público por falta de ala psiquiátrica no município.
Araújo é o principal suspeito de matar a mãe, Diva Vieira de Araújo, e o pai, Durval Batista de Araújo, 75 e 78 anos, respectivamente. O crime bárbaro foi registrado nas primeiras horas do dia 12 de setembro, em Sena Madureira.
Durval Batista e Diva Vieira foram mortos a facadas em Sena Madureira, interior do Acre — Foto: Arquivo da família
Os idosos foram mortos a golpes de faca na casa em que moravam com o filho, na Travessa Otávio Joaquino.
De acordo com o 8° Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, Araújo foi preso em flagrante próximo ao Polo Moveleiro do município.
“A transferência foi feita ontem [quinta, 3], porque o presídio de Sena não tem condições para tratar dele. Em Rio Branco tem a ala psiquiátrica. Tem um aparato melhor”, explicou o diretor da unidade penitenciária de Sena Madureira, Valquer Oliveira.
Ainda segundo explicou o diretor, as investigações continuam todas no município. Ele acrescenta que durante o período em que esteve na unidade, Araújo recebeu atendimento psicológico e também medicamentos. Ele afirmou que a transferência ocorreu por motivo de segurança e também de saúde.
Crime ocorreu na casa da família, nesta quinta-feira (12), no município de Sena Madureira — Foto: Divulgação/PM-AC
“Quando a gente vê que a situação psicológica é grave, a gente encaminha para Rio Branco. Aqui a gente isolou e fez uma atenção redobrada com ele, no uso da medicação, inclusive”, pontuou o diretor.
A reportagem tentou contato com a família para comentar sobre a transferência de Araújo, mas não conseguiu resposta até a publicação desta reportagem.
Quando o caso ocorreu, a sobrinha dos idosos, Aldileide Vieira, chegou a afirmar que ele era agressivo com a família, batia na mãe, e tinha tentado matar um primo a facadas antes da tragédia.
Segundo Aldileide, o rapaz evitava tomar os remédios e a família estava revoltada com o crime e os parentes temiam que ele fosse solto.