Homem atrofia dentro de rede a espera de tratamento de câncer pelo Estado

Julio Cesar tenta sobreviver a quase um ano e meio após descobrir câncer no pulmão – Foto/Captura

Texto: Alexandre Lima
Vídeo: Marcus José e Marquinho Filho

Um homem de 51 anos, que mora no Bairro Liberdade, na cidade de Epitaciolândia, está atrofiando dentro uma rede na casa de sua irmã e cunhado, a espera de um encaminhamento que já deveria ter vindo a tempos, para que continuasse o tratamento, na tentativa de frear o crescimento de um câncer descoberto em seu pulmão.

Júlio Cesar Ribeiro da Silva descobriu que é portador de Neoplasia maligna do pulmão por acaso. No dia 25 de abril de 2013, um caminhão cheio de madeira tombou no Ramal do KM 5, Polo Wilson Pinheiro, deixando alguns feridos e um morto. Ele foi um dos levado ao hospital.

Júlio Cesar Ribeiro da Silva descobriu que é portador de Neoplasia maligna do pulmão por acaso – Foto:/captura

Sendo levado para o hospital para ser atendido, passou por exames e descobriu que estava com o câncer no pulmão. A partir daí, se iniciou a luta pela vida na rede pública estadual. Cerca de quase um ano e meio Júlio vem tentando manter um tratamento através de quimioterapia e radioterapia, na tentativa de se curar.

A família humilde, não condições de realizar o tratamento particular que é caro. Então, estão tendo que se desdobrar para conseguir o tratamento oferecido na Capital, Rio Branco, distante cerca de 240 quilômetros. Sua irmã, juntamente com o cunhado que é mecânico, estão dando guarida para Júlio na cidade e se tratasse.

O seu tratamento era para estar sendo feito com regularidade no Hospital do Câncer em Rio Branco. Se queixam que um simples laudo está sendo dificultado em ser entregue para que continue o tratamento. Reclamam que as idas são humilhantes, uma vez que ficam sentados por horas a espera do atendimento.

Segundo eles após reclamar da morosidade no atendimento e liberação dos laudos, os profissionais do hospital alegam que empresas que prestam serviços à rede pública, estão atrasando entregas, que por sua vez, atrasam os tratamentos.

Desesperados vendo a situação, estão apelando para quem possa ajudar e também irão procurar a Justiça, na tentativa de obter o tratamento regular e salvar a vida de Júlio que era trabalhador e está deixando que cuidar de sua colônia.

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Alexandre Lima