Cotidiano
Hoje, 26 de setembro, é o Dia Nacional do Surdo, momento de reflexão sobre luta, resistência e inclusão social
O Dia Nacional do Surdo foi instituído no Brasil pela Lei Nº 11.796, de 29 de outubro de 2008. Esta data foi escolhida para homenagear a criação da primeira escola para surdos no país, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), fundado em 26 de setembro de 1857.
Luta, resistência e inclusão social: nesta quinta-feira, 26, é comemorado o Dia Nacional do Surdo, uma data vista por toda a comunidade surda como um momento de reflexão sobre as conquistas por direitos sociais e, ainda, sobre os desafios das pessoas surdas no Brasil.
“Há um significado muito forte em comemorar este dia, pois é um momento que remete às conquistas e aos direitos das pessoas surdas na sociedade”.
Oficializado em 2008, por meio do Decreto de Lei Nº 11.796, o dia 26 de setembro foi escolhido por ser a data da fundação da primeira escola de surdos no país, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em 1857, na cidade do Rio de Janeiro. O Ines atua na perspectiva da efetivação do direito à educação de crianças, jovens e adultos surdos, produzindo conhecimento e apoiando diretamente os sistemas de ensino para dar suporte às escolas brasileiras, que devem oferecer educação de qualidade a esses cidadãos que demandam políticas de ensino que contemplem sua singularidade linguística.
Por se tratar de um período dedicado à conscientização sobre as conquistas da comunidade surda, bem como a urgência de ampliação da acessibilidade a essa comunidade, o mês é chamado de Setembro Azul. Inclusive, setembro é mês de marcos históricos para a comunidade surda, entre eles, o Dia Internacional da Língua de Sinais, celebrado no dia 23, data escolhida para relembrar o infame Congresso de Milão de 1880, em que ocorreu a primeira conferência internacional de educadores de surdos, cuja decisão foi proibir o uso de línguas de sinais no mundo em defesa do ensino oralista; o Dia Internacional do Surdo; e o Dia Internacional do Tradutor Intérprete de Línguas de Sinais, ambos no dia 30.
Durante o Setembro Azul, a comunidade surda do país se reúne em eventos dedicados ao debate da educação dos surdos, bem como a criação de escolas bilíngues, em que o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) também seja ofertada. O efetivo cumprimento da Lei Nº 10.436 de Libras é a garantia de acesso e permanência de pessoas surdas nos diversos espaços sociais.
A História do Dia Nacional do Surdo:
O Dia Nacional do Surdo foi instituído no Brasil pela Lei Nº 11.796, de 29 de outubro de 2008. Esta data foi escolhida para homenagear a criação da primeira escola para surdos no país, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), fundado em 26 de setembro de 1857. Desde então, esta instituição tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da educação e da cultura surda no Brasil.
Comunidade Surda no Brasil:
A comunidade surda no Brasil é vibrante e diversificada, e suas estatísticas refletem a sua relevância:
1. Número de Surdos: Estima-se que o Brasil tenha mais de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva, tornando-a uma das maiores populações surdas do mundo.
2. Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS): A LIBRAS é a língua de sinais utilizada pela comunidade surda no Brasil. Ela é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão pela Lei Nº 10.436/2002, e seu ensino é fundamental para garantir a inclusão dos surdos na sociedade.
3. Educação Inclusiva: O Brasil tem avançado na promoção da educação inclusiva para surdos. A presença de intérpretes de LIBRAS nas escolas e universidades tem contribuído para garantir o acesso igualitário à educação para os surdos.
4. Desafios e Conquistas: A comunidade surda ainda enfrenta desafios, como a falta de intérpretes em diversos contextos e a necessidade de conscientização sobre a cultura surda. No entanto, houve importantes conquistas legais e sociais na busca por igualdade de direitos e inclusão.
5. Mercado de Trabalho: A taxa de desemprego entre os surdos é historicamente mais alta do que a média nacional, refletindo desafios na inclusão laboral. No entanto, as iniciativas de empregabilidade e empreendedorismo entre os surdos estão ganhando força.
6. Cultura Surda: A cultura surda é rica e diversa, com festivais, eventos culturais e organizações dedicadas à promoção da cultura e da identidade surda. O teatro e a literatura surda também desempenham um papel importante na expressão artística dessa comunidade.
Porque esse dia é tão importante?
O Dia Nacional do Surdo nos lembra da necessidade fundamental de inclusão e igualdade de direitos para as pessoas surdas. Promove a conscientização sobre a cultura surda, incentivando a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e a compreensão das experiências e desafios enfrentados por essa comunidade.
Além disso, o Dia Nacional do Surdo combate estigmas e preconceitos que ainda cercam a surdez, desafiando estereótipos negativos e promovendo uma visão mais positiva das pessoas surdas. Destaca os avanços na educação inclusiva e na acessibilidade, o que beneficia não apenas os surdos, mas toda a sociedade.
Esta celebração também nos lembra da importância da empatia e compreensão em relação às dificuldades enfrentadas pela comunidade surda, promovendo uma sociedade mais solidária e inclusiva. Por fim, o Dia Nacional do Surdo reforça a ideia de que a diversidade é uma riqueza para qualquer sociedade, incentivando o respeito e a valorização das diferenças.
Como Celebrar o Dia Nacional do Surdo:
- Aprenda LIBRAS: Que tal iniciar sua jornada para aprender LIBRAS? Existem cursos online e presenciais disponíveis para pessoas interessadas em se comunicar com a comunidade surda.
- Assista a Eventos Culturais: Procure eventos locais ou online que celebrem a cultura surda, como apresentações teatrais ou exposições artísticas.
- Promova a Conscientização: Compartilhe informações sobre o Dia Nacional do Surdo em suas redes sociais e converse com amigos e familiares sobre a importância da inclusão e da igualdade de direitos para a comunidade surda.
- Apoie Organizações: Considere apoiar organizações e iniciativas que trabalham pela inclusão dos surdos e pela promoção de seus direitos.
O Dia Nacional do Surdo é uma oportunidade para celebrar a rica cultura e história da comunidade surda no Brasil, ao mesmo tempo em que destaca os desafios que ainda precisam ser superados para alcançar uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Vamos aproveitar esta data para aprender, apoiar e celebrar juntos, enquanto reconhecemos a importância das estatísticas que refletem a grandeza desta comunidade.
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Casos de suicídio no Acre mais que dobraram após pandemia, apontam dados alarmantes
Taxa saltou de 5,66 para 8,23 mortes por 100 mil habitantes entre 2018 e 2022; especialistas alertam para urgência no reforço de políticas de prevenção

A taxa média de mortes causadas por suicídio para um conjunto de 100 mil habitantes saiu de 5.66 para 8.04 em 2020. Em 2022, a taxa alcançou 8.23 mortes para 100 mil habitantes. Foto:
Os casos no Acre de suicídio mais de dobraram após a pandemia da covid-19, que teve seu ápice em 2020. Dados do Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que em 2022, último ano com informações disponíveis sobre o assunto, foram confirmados 81 registros.
Análise dos Dados (2013-2022):
Pré-pandemia (2013-2019):
- Média anual: 53 casos
- Variação entre 39 (2015) e 64 (2017)
Pandemia e pós-pandemia (2020-2022):
- 2020: 72 casos (+35% vs 2019)
- 2021: 70 casos
- 2022: 81 casos (recorde histórico)
- Aumento acumulado: 37% em 3 anos
Impacto Demográfico:
▸ Taxa por 100 mil habitantes:
- 2018: 5,66
- 2020: 8,04 (+42%)
- 2022: 8,23 (acima da média nacional)
Fatores Agravantes:
- Isolamento social prolongado
- Crise econômica pós-pandemia
- Sobrecarga do sistema de saúde mental
- Dificuldade de acesso a serviços especializados no interior
Recomendações de Especialistas:
- Ampliação do Centro de Valorização da Vida (CVV) no estado
- Capacitação de agentes comunitários para identificação de riscos
- Criação de um programa estadual de prevenção com foco em:
- Populações vulneráveis
- Vítimas de violência doméstica
- Profissionais da saúde
Resposta do Poder Público:
A Secretaria Estadual de Saúde informou que está revisando o Plano de Ação em Saúde Mental, com previsão de implementar até o final de 2024:
- 10 novos CAPS AD
- Expansão do programa “Acolher” para zonas rurais
- Parceria com universidades para formação de psicólogos
Dados comparativos: Enquanto o Acre registra 8,23/100 mil, a média nacional é de 6,48/100 mil (2022). O estado ocupa agora a 5ª posição no ranking nacional de suicídios.
Os dados evidenciam a necessidade de se fortalecer as políticas voltadas à prevenção ao suicídio, além do oferecimento de serviços psicológicos e psiquiátricos na rede básica de Saúde.
Como buscar ajuda na capital
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é responsável por promover apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo gratuitamente, sob total sigilo, por telefone (188), e-mail e chat 24 horas todos os dias.
Em Rio Branco, como no interior do estado, tem os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) AD, na capital, no bairro Manoel Julião, voltado para pacientes dependentes químicos e o Caps II, no bairro Morada do Sol para não dependentes.
Para os casos mais graves, existem os leitos de saúde mental no Pronto Socorro de Rio Branco, que não precisam de encaminhamento. Lá, o paciente passa pela classificação de risco e o profissional médico decide pela internação ou encaminhamento ao Caps ou para uma das Unidades de Referência em Atenção Primária (Uraps).
Existem grupos de pacientes que se reúne no intuito de oferecer ajuda e se auto ajudar no tratamento. Um desses grupos é o “Arte de Ser”, que se reúne no Parque Capitão Ciríaco, no Segundo Distrito de Rio Branco.
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Governadora em exercício exonera assessor da Sesacre preso por suspeita de tráfico internacional de drogas
Hélio do Nascimento Bezerra Júnior, ligado ao Progressistas e ex-presidente da juventude partidária, foi detido na Operação Renitência da PF

A governadora em exercício Mailza Assis exonerou o assessor Hélio do Nascimento Bezerra Júnior. Ele atuava na Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) desde 2023. Foto: cedida
A governadora em exercício do Acre, Mailza Assis, determinou nesta quinta-feira (10) a exoneração do assessor Hélio do Nascimento Bezerra Júnior, que atuava na Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) desde 2023. A decisão ocorre um dia após sua prisão na Operação Renitência, conduzida pela Polícia Federal em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do estado.
Detalhes do caso:
- Hélio Júnior é investigado por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro
- Ex-presidente do Progressistas Jovem no Acre, tinha histórico de atuação partidária
- Vice-presidente estadual do PP, Lívio Veras, declarou surpresa com as acusações
- Sesacre já iniciou processo para substituição no cargo de assessoria
O vice-presidente do Progressistas no estado, Lívio Veras, afirmou que a prisão “surpreendeu a todos” no partido, destacando que o ex-assessor sempre foi considerado “acima de qualquer suspeita”. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado. Pesa contra Hélio do Nascimento Bezerra Júnior, a suspeita de envolvido com o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
A Operação Renitência investiga uma organização criminosa suspeita de atuar no tráfico de drogas na fronteira acreana. A PF não divulgou detalhes sobre o suposto envolvimento de Hélio Júnior com o esquema. Procurada, a Sesacre informou que “respeita o processo legal em curso” e que tomará as providências administrativas necessárias.
Contexto político:
- Hélio integrava base aliada do governo
- Cargo na Sesacre era comissionado
- PP tem 4 deputados na base de apoio ao Executivo
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TCE-AC e UFAC firmam convênio de R$ 1 milhão para ações climáticas no igarapé São Francisco
Recursos financiarão estudos e obras de adaptação às mudanças climáticas, incluindo recuperação de matas ciliares e construção de barragens naturais na bacia hidrográfica

O pró-reitor de Planejamento da UFAC, professor Alexandre Hid, destacou que o projeto dará continuidade a pesquisas iniciadas em 2022 sobre a dinâmica hidrológica da bacia. Foto: cedida
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC) e a Universidade Federal do Acre (UFAC) formalizaram nesta quarta-feira (9) um convênio no valor de R$ 1 milhão para implementar medidas de adaptação às mudanças climáticas na bacia do igarapé São Francisco.
Os recursos serão usados para concluir estudos de infraestrutura, socioeconomia e meio ambiente, além de elaborar propostas que possam amenizar os impactos enfrentados por famílias atingidas por alagamentos.
Segundo o pró-reitor de Planejamento da UFAC, professor Alexandre Ricardo Hid, a parceria será crucial para dar continuidade aos trabalhos já executados pelos pesquisadores na bacia.
Entre as medidas planejadas está a construção de duas lagoas artificiais para conter o grande volume de chuvas torrenciais do inverno amazônico, com a instalação de válvulas nas barragens naturais para controlar o fluxo de água, evitando que as enxurradas atinjam rapidamente os pontos mais baixos da bacia.
Principais ações previstas:
- Recuperação de 5 km de matas ciliares degradadas
- Construção de 2 barragens naturais com sistema de controle de vazão
- Remoção de 12 famílias de áreas de risco
- Implantação de sistema de coleta seletiva de resíduos
- Criação de 2 lagoas artificiais para contenção de cheias
O pró-reitor de Planejamento da UFAC, professor Alexandre Hid, destacou que o projeto dará continuidade a pesquisas iniciadas em 2022 sobre a dinâmica hidrológica da bacia. “As válvulas nas barragens permitirão regular o fluxo durante as chuvas intensas, reduzindo em até 40% o impacto das enxurradas”, explicou.
A iniciativa integra o Plano de Resiliência Climática do Acre e prioriza soluções baseadas na natureza, com previsão de conclusão das obras em 18 meses. O GT multidisciplinar responsável pelo projeto inclui hidrólogos, engenheiros ambientais e assistentes sociais da UFAC.
Impacto esperado:
- Redução de 30% nas áreas alagadas
- Melhoria na qualidade da água do igarapé
- Proteção de 50 hectares de APA
- Capacitação de 200 famílias em práticas sustentáveis

Entre as medidas planejadas está a construção de duas lagoas artificiais para conter o grande volume de chuvas torrenciais do inverno amazônico. Foto: cedida
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