Com um déficit de quase quatro milhões de reais, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento – Depasa fecha o cerco contra os devedores contumazes que ignoram a dívida acumulada do consumo de água tratada. Neste primeiro momento, a medida amarga afetará prefeituras que estão sendo acionadas judicialmente. Em seguida, os consumidores rio-branquense que insistem em não pagar as faturas, decorrente do serviço prestado. “Os prefeitos tiveram tempo suficiente para quitar os débitos”, comentou Felismar Mesquita Moreira, presidente da autarquia.
Os municípios com maiores pendências são: Cruzeiro do Sul, com um débito acumulado de aproximadamente R$ 967 mil; em segundo lugar, o município de Sena Madureira, com R$ 442 mil; Brasiléia com R$ 289 mil; Acrelândia com R$ 275 mil; Xapuri com R$ 268 mil, Plácido de Castro com E$ 209 mil e Epitaciolândia com R$ 205 mil. O débito acumulado, segundo Mesquita, corresponde do período de 2002 a 2012, deixado pela última gestão municipal.
A primeira medida da Assessoria Jurídica do Depasa foi entrar com uma ação monitória, para que os prefeitos comprovassem o pagamento de débito, num prazo de 30 dias. Como eles não cumpriram, estão sendo acionados judicialmente, para que paguem o débito acumulado dos últimos dez anos. “Precisamos dos recursos para financiar o sistema de distribuição de água”, ponderou o presidente da empresa, responsável pela distribuição de água tratada nos 22 municípios acreanos.
Inadimplência – Apesar de mais de 90% da população rio-branquense ter acesso à água tratada, somente em 51 mil residências (sendo que 49% possuem hidrômetro), chegam à fatura. Portanto, só 40% destes consumidores pagam o seu consumo em dias, segundo dados do setor de estatísticas. “Atendemos aproximadamente 218 bairros da nossa capital, mas a nossa meta a universalizar o serviço de distribuição de água tratada”, destacou o presidente do Depasa.
Diante do problema, a autarquia promete realizar um censo para diagnosticar os gargalos do sistema de distribuição de água tratada, os consumidores que não contam com hidrômetro e as ligações clandestinas. Afinal, há 26 anos que o poder público não corta a água dos consumidores inadimplentes. “Temos que encontrar uma alternativa que ponha fim esta sangria” disse Felismar Mesquita, em tom de resignação.
Da redação, com A Tribuna