Greve no IML: auxiliares de necropsia paralisam atividades e rabecão para no AC

A carta, obtida pela reportagem de ContilNet, alerta que a greve será geral, por tempo indeterminado

Assem Neto, da ContilNet Notícias

Os 12 auxiliares de necropsia do Acre, responsáveis por fazer a busca de corpos e abrir os cadáveres, paralisaram suas atividades nesta terça-feira (9). Os trabalhadores exigem a reposição dos adicionais de insalubridade e risco de vida, retiradas pelo governo de seus contra-cheques. Um documento foi encaminhado à Direção do Instituto de Identificação do Estado, que prometeu se manifestar na segunda-feira (8). Não houve respostas.  O retorno ao trabalho está condicionado a uma resposta satisfatória por parte do governo.

Os auxiliares de necropsia deixaram de trabalhar por duas horas na última sexta-feira (5), em sinal de advertência/Foto: Secom

“Os auxiliares manipulam cadáveres infectados com vírus de hepatites crônicas e AIDS, dentre outras doenças gravíssimas. “Um dia, um parente me alertou para ter muito cuidado, pois aquele corpo estava contaminado. É assim que a gente trabalha. O governo precisa ter a sensibilidade sobre a importância de nossas funções. Lutaremos por isso até o fim”, disse um auxiliar que pediu para não ter o nome divulgado.  Até às 11 horas desta terça-feira um corpo havia dado entrada no Instituto Médico Legal.

Os auxiliares de necropsia deixaram de trabalhar por duas horas na última sexta-feira (5), em sinal de advertência. Ainda assim,  em razão da grande comoção que tomou conta do estado, não houve prejuízo na avaliação aos corpos dos pescadores acreanos que morreram afogados no Rio Ituxi.  A carta, obtida pela reportagem de ContilNet, alerta que a greve será geral, por tempo indeterminado, se os adicionais não forem pagos no mês de junho retroativos a abril.

“Informamos á Vossa Senhoria o descontentamento de toda a categoria com o não-pagamento de nossos direitos”, diz o documento encaminhado á direção do instituto. “É inadmissível observar que o mesmo benefício é concedido aos profissionais de outras secretarias, sendo que os nossos direitos continuam sendo negados.

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Publicado por
Alexandre Lima