Greve na Ufac: professores e técnicos protestam em defesa da educação em frente à Aleac

Servidores da Ufac e Ifac acampam em frente à Aleac e pedem apoio de deputados

O motivo da greve é a reestruturação das carreiras, reajustes salariais e a recomposição do orçamento da Educação. Foto Montagem Folha do Acre.

Com Folha do Acre e Contilnet

Na manhã desta quinta-feira (09), professores e técnicos da Universidade Federal do Acre (UFAC) se reuniram em uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do estado, em Rio Branco. O objetivo era enviar cartas solicitando apoio à greve dos parlamentares locais. Dentre os presentes, destacaram-se vários sindicatos, com destaque para o SINTEST e a ADUFAC.

Os técnicos da UFAC estão em greve há algum tempo, tendo os técnicos federais iniciado em 11 de março, seguidos pelos professores em 2 de maio. O motivo da greve é a reestruturação das carreiras, reajustes salariais e a recomposição do orçamento da Educação.

A pautar e evidenciar a educação pública brasileira, garantir o futuro não só o presente, mas o futuro de todas as pessoas que precisam de educação. Foto: Contilnet

Os servidores buscam a atenção dos parlamentares estaduais, no sentido de que os políticos locais provoquem seus partidos e colegas da bancada federal para a luta pelo atendimento das demandas das classes, que pedem recomposição salarial e outros direitos ao Governo Federal.

Segundo Rivanda dos Santos, servidora técnica e membro do Comando Local de Greve do SINTEST, a manifestação busca evidenciar a importância da educação pública federal. Ela enfatiza: “É pautar e evidenciar a educação pública brasileira, garantir o futuro não só o presente, mas o futuro de todas as pessoas que precisam de educação. Então esse é o nosso grande objetivo, é não deixar essa onda de privatização, essa onda de desqualificação da educação prevalecer”

A greve nas instituições segue por tempo indeterminado já que a proposta de fatiar o reajuste em 2 anos – por parte do Governo Federal – não foi aceita. Foto Contilnet

Técnicos administrativos da Ufac decidiram paralisar as atividades no último dia 11 de março. Os servidores do Ifac aderiram ao movimento no dia 5 de abril. Docentes da Ufac estão há 8 dias no movimento.

A greve nas instituições segue por tempo indeterminado já que a proposta de fatiar o reajuste em 2 anos – por parte do Governo Federal – não foi aceita. Foto: Contilnet

“Queremos que a bancada estadual cutuque seus partidos e colegas da bancada federal para que o Governo bata o martelo sobre nossa recomposição salarial, principalmente. Não estamos lutando por luxo, mas pelo que é nosso de direito. Precisam entender que Educação é indispensável para o futuro que queremos construir”, disse Raquel Ishii, membro do comando local de greve e docente da Ufac.

“Hoje a educação federal do Acre unificou sua luta pela valorização dos servidores da UFAC e Ifac, a greve nesse sentido, não prejudica a sociedade, ela busca a garantia da manutenção da educação”.

A professora do curso de inglês da UFAC e membro do Comando Local de Greve da ADUFAC, Raquel Ishi, ressalta a união dos servidores federais em prol dos investimentos públicos e destaca que os cortes orçamentários comprometem a qualidade da educação, impossibilitando a realização de pesquisa, extensão e precarizando o ensino, ela afirma: “Hoje a educação federal do Acre unificou sua luta pela valorização dos servidores da UFAC e Ifac e pela recomposição dos orçamentos de ambas as instituições, pois corremos o risco de fechar o ano sem pagar contas básicas. A qualidade da educação está diretamente relacionada ao investimento. Os cortes orçamentários impedem a realização de pesquisa, extensão e precarizam o ensino. A greve nesse sentido, não prejudica a sociedade, pelo contrário, ela busca a garantia da manutenção da educação de qualidade para todos”.

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Publicado por
Marcus José