A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já chega a 101 dias nesta quinta-feira (24). As principais reivindicações são pela reestruturação de carreira, melhores condições de trabalho e investimento em tecnologia. No entanto, desde o dia 16 de julho, que foi quando a paralisação começou, ainda não houve acordo com o Governo Federal.
Etenne Hugo, analista do seguro social, afirmou que a greve continua pois o Governo, através do Ministério da Gestão e Inovação e o próprio INSS, não conseguiram entrar em um acordo. Os trabalhadores do interior do estado não entraram no movimento, somente na capital.
Segundo a assessoria da Agência de Previdência Social (APS) de Rio Branco, há atendimento normal mediante agendamento quando envolve casos de perícia e avaliação social. Permanecem funcionando as perícias médicas e os demais serviços são encaminhados para o atendimento remoto, pelo aplicativo ‘Meu INSS’ ou o telefone 135.
Hugo fala que servidores de todo o país estiveram em Brasília (DF) no dia 10 de outubro, onde foram feitos vários atos e manifestações e até um enterro na Direção Central do INSS, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda.
De acordo com o analista, ainda não há expectativa para novas negociações.
Em 21 de agosto, os servidores do INSS votaram pela rejeição de duas propostas apresentadas pelo governo federal e pela continuidade da greve da categoria. Em nota, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) afirmou que as propostas do Ministério da Gestão e Inovação não atendem a nenhum item da pauta sobre a reestruturação de carreira reivindicada pela categoria.
As propostas apresentadas pelo governo federal em 9 de agosto eram de reajuste salarial e incorporação de gratificações laborais. A federação aponta, no entanto, que o reajuste oferecido é menor do que o acordado na greve de 2022 (de 43% em dois anos) e que não chegaria a todos os servidores.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), divulgou uma carta onde reforça a luta e a dificuldade em negociar as pautas.