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Greve de professores afeta 23 universidades federais, diz sindicato
Docentes também pararam as atividades em um instituto, segundo Andes.
Técnicos estão parados em 58 universidades e em quatro institutos federais.
G1

Representantes dos sindicatos dos professores e técnicos de universidades federais durante entrevista na manhã desta quinta-feira (11) em Brasília (Foto: Luciana Amaral/G1)
A greve de professores de ensino superior iniciada no dia 28 de maio já afeta 23 universidades federais de 17 estados e o Instituto Federal do Piauí até a manhã desta quinta-feira (11), segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
LISTA DE LOCAIS COM PROFESSORES EM GREVE
Abaixo, relação divulgada pelo Andes-SN:
1. Universidade Federal do Acre
2. Universidade Federal do Amazonas
3. Universidade Federal do Amapá
4. Universidade Federal Rural da Amazônia
5. Universidade Federal do Pará
6. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
7. Universidade Federal do Oeste do Pará
8. Universidade Federal de Rondônia
9. Universidade Federal do Tocantins
10. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
11. Universidade Federal Rural do Semi-Árido
12. Universidade Federal de Alagoas
13. Universidade Federal de Sergipe
14. Universidade Federal da Paraíba
15. Universidade Federal da Bahia
16. Universidade Federal do Oeste da Bahia
17. Universidade Federal do Maranhão
18. Universidade Federal de Campina Grande (campi Patos e Cajazeiras)
19. Universidade Federal de Mato Grosso
20. Universidade Federal de Goiás (campus Jataí)
21. Universidade Federal da Grande Dourados
22. Universidade Federal Fluminense
23. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
24. Instituto Federal do Piauí
- Professores e funcionários de universidades federais iniciam greve
- MEC diz que greve ‘com data marcada’ nas federais ‘não é diálogo’
- Professores da UFMA entram em greve por tempo indeterminado
- Após assembleia, professores da UFVJM decidem entrar em greve
- Professores da UFPB decidem entrar em greve
- Funcionários e professores da UFF entram em greve no RJ
- Professores da UFMS entram em greve a partir do dia 15 de junho
- Em assembleia, professores da Ufes não aprovam greve
Os sindicatos afirmaram nesta quinta que o Ministério da Educação (MEC) ainda não apresentou uma proposta para acabar com a greve. O ministério informou que as negociações estão em andamento e que a greve foi marcada sem um diálogo mais amplo sobre as demandas.
Professores e técnicos são contra cortes feitos pelo governo federal no orçamento das instituições e a infraestrutura ruim dos locais de ensino. Eles pedem ainda reajuste salarial, reestruturação da carreira, garantia da autonomia e do caráter público das universidades e mais investimentos para a educação.
As entidades disseram que foram protocolados 13 ofícios para o governo federal a fim de tratar das demandas somente neste ano, porém, não obtiveram respostas.
O presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, afirma que um acordo feito em 2012 não foi cumprido. “Eles alegam que não têm compromisso com o acordo porque ele era do governo anterior. Caracterizamos que o governo rompeu as negociações. Diversas reuniões também foram canceladas, pois os responsáveis do MEC não apareceram. Só nos três primeiros meses do ano houve um corte de R$ 7,5 bilhões nas universidades. Aconteceu a suspensão do pagamento de terceirizados, de bolsas. Isso comprometeu a qualidade acadêmica.”
Além dos professores, sindicatos locais que representam os técnicos-administrativos aderiram à greve em 58 universidades e em quatro institutos federais, de acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas (Fasubra).
LISTA DE LOCAIS COM TÉCNICOS EM GREVE
Abaixo, relação divulgada pela Fasubra:
1. Universidade Federal do Acre
2. Universidade Federal do Amazonas
3. Universidade Federal de Rondônia
4. Universidade Federal do Tocantins
5. Universidade Federal do Pará
6. Universidade Federal do Oeste do Pará
7. Universidade Federal Rural da Amazônia
8. Universidade Federal do Sul e do Sudeste do Pará
9. Universidade Federal do Amapá
10. Universidade Federal do Piauí
11. Universidade Federal da Paraíba
12. Universidade Federal de Campina Grande
13. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
14. Universidade Federal Rural do Semi-Árido
15. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
16. Universidade Federal de Alagoas
17. Universidade Federal Rural de Pernambuco
18. Universidade Federal de Pernambuco
19. Universidade Federal da Bahia
20. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
21. Universidade Federal do Oeste da Bahia
22. Universidade Federal do Sul da Bahia
23. Instituto Federal da Bahia
24. Universidade Federal de Sergipe
25. Universidade Federal do Maranhão
26. Universidade de Brasília
27. Universidade Federal de Goiás
28. Instituto Federal Goiano
29. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
30. Universidade Federal de Mato Grosso
31. Universidade Federal da Grande Dourados
32. Universidade Federal do Espírito Santo
33. Universidade Federal de Juiz de Fora
34. Universidade Federal de Viçosa
35. Universidade Federal de Uberlândia
36. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
37. Universidade Federal de Minas Gerais
38. Universidade Federal de Itajubá
39. Instituto Federal de Minas Gerais
40. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
41. Universidade Federal de São João del-Rei
42. Universidade Federal de Ouro Preto
43. Universidade Federal de Lavras
44. Universidade Federal Fluminense
45. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
46. Universidade Federal do Rio de Janeiro
47. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
48. Universidade Federal do ABC
49. Universidade Federal de São Carlos
50. Universidade Federal de São Paulo
51. Universidade Federal da Integração Latino-Americana
52. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
53. Universidade Federal do Paraná
54. Universidade Federal de Santa Catarina
55. Fundação Universidade Federal do Rio Grande
56. Universidade Federal de Pelotas
57. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
58. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
59. Instituto Federal do Rio Grande do Sul
60. Universidade Federal de Santa Maria
61. Universidade Federal da Fronteira Sul
62. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Ao todo, 23 de 24 entidades cujos professores estão em greve também estão com os técnicos parados.
Ministério critica greve sem diálogo
O Ministério da Educação informou que recebeu as entidades representativas, mas a greve foi decidida sem que houvesse um “amplo diálogo” apesar da vontade do governo em se discutir as demandas. “Desde o início elas já informaram ter data marcada para a greve”, informou o ministério. A pasta também ressaltou que em 2015 os professores já obtiveram reajuste devido a um acordo de 2012.
O Ministério do Planejamento afirmou que as negociações continuam em andamento e que elabora uma contraproposta que deverá ser apresentada ainda em junho. Para o coordenador geral da Fasubra, Rogério Marzola, o governo já havia afirmado em reuniões que contrapropostas poderiam ser apresentadas até agosto, data considerada “inadequada” pelos professores e técnicos.
“O prazo está acabando. Temos de acabar as negociações no primeiro semestre. Não queremos um segundo reajuste em 2015. Se for até agosto, as datas para definições na Lei Orçamentária vão se extinguindo e só poderemos fazer revisões para 2017. O governo só está nos enrolando.”
Marzola reclamou da lentidão do governo e da falta de um porta-voz único para fazer as negociações. “Eles só falam que fazem encaminhamentos e mandam para outras esferas fazerem a negociação. O Ministério do Planejamento fala que faz estudos, mas eles nunca acabam. Cada um joga para o outro e nada se resolve. Temos faculdades tendo de fechar por falta de condições sanitárias e de segurança.”
Em relação ao prejuízo causado para os estudantes, Rizzo falou que eles sofrem com a situação precária das universidades e que as aulas já estavam comprometidas. “A universidade, se não parasse pela greve, ia parar pela inanição, por falta de recursos. Não gostaríamos de fazer greve, gostaríamos que houvesse recursos para as universidades. O tempo da greve vai depender do governo.”
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Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça
A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.
As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).
O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.
Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.
Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.
As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.
Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.
A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.
A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.
O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.
BRB quis comprar Master
Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.
A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.
No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.
Compliance Zero
A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.
As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.
Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.
O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.
Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS
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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027
Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada
O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.
Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento
Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada
Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.
Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.


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