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Grávida de gêmeas siamesas em RO luta para dar à luz fora do estado

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Valdinéia Satil, de 23 anos, se prepara para o nascimento das filhas unidas pelo tronco e abdômen. Em Rondônia, não há estrutura nem profissionais especializados para o tratamento.

Jovem Valdinéia Satil, de 23 anos. Foto: Mateus Santos

O sonho de Valdinéia Satil, de 23 anos, sempre foi ser mãe de gêmeos. A gravidez se concretizou, mas o que ela não esperava era que, além de compartilharem o mesmo útero, as bebês também dividem o mesmo fígado e estão unidas pelo tronco e abdômen. Isso ocorre porque os embriões estavam se desenvolvendo em uma condição rara: gêmeas siamesas

Gêmeos siameses se formam quando um embrião inicial se separa parcialmente, gerando dois indivíduos que permanecem fisicamente conectados. Geralmente, estão unidos pelo tórax, abdômen ou pelve.

Valdinéia mora em Buritis (RO), a cerca de 330 km de Porto Velho. Ela e o esposo desejavam muito ser pais, até que, em junho de 2024, um teste positivo transformou a vida do casal e tornou real esse sonho: Valdinéia estava grávida.

Em entrevista, a mamãe de primeira viagem contou que, quando soube da notícia, lá no fundo, sentia que estava esperando gêmeos, embora ainda não tivesse certeza.”

“Sempre tive vontade de ser mãe de gêmeas e imaginava que estava prestes a ser. Eu vivia dizendo para minha mãe: ‘Mãe, estou grávida, e são gêmeas'”, contou Valdinéia.

Na décima semana de gestação, um exame durante o pré-natal confirmou o que a gestante já havia suspeitado: ela seria mesmo mãe de duas meninas. Porém, havia algo incomum: os bebês estavam unidos pelo tronco e abdômen. Foi então que ela se deu conta de que estava grávida de gêmeas siamesas.

“A emoção foi tão grande quando que eu descobri que eu estava mesmo esperando gêmeas que a fixa demorou a cair de que elas também estavam crescendo unidas”, disse a gestante.

Diante da alegria em estar prestes a viver a maternidade e da descoberta de uma gestação rara, Valdinéia iniciou uma jornada para garantir que suas filhas tivessem um nascimento e tratamento dignos. Os nomes já haviam sido escolhidos: Nathaly e Rhadassa.

Os primeiros obstáculos

Além da condição das gêmeas, os exames também revelaram uma gravidez de risco, que demandava uma estrutura adequada e profissionais especializados para cuidar das meninas após o nascimento.

Em Rondônia, de acordo com o governo do estado, existem programas que atendem gestantes de alto e muito alto risco. No entanto, no caso específico de Valdinéia, os bebês precisariam ser transferidos para outro estado para garantir maior segurança para a família.

Sendo assim, Valdinéia precisava de um laudo chamado ‘Tratamento Fora de Domicílio (TFD)’, já que o parto exigiria uma estrutura e profissionais com habilidades específicas que não estavam disponíveis na região.

Para obter o documento, a nova mamãe precisava realizar algumas consultas com especialistas ainda em Rondônia para atestar a necessidade do tratamento mais complexo, mas, segundo ela, o processo não foi fácil.

A primeira tentativa foi no município de Ariquemes (RO). Valdinéia afirma que, depois de ser avaliada, os profissionais que a atenderam não puderam emitir o atestado.

Preocupada, a gestante resolveu fazer uma transmissão ao vivo nas redes sociais para contar um pouco de sua história e pedir ajuda para conseguir ir até Porto Velho, onde seria mais fácil obter o documento.

A live alcançou mais de 100 mil visualizações e repercutiu na região onde Valdinéia mora. Com a ajuda de amigos, ela conseguiu, em dezembro de 2024, um encaminhamento para a capital. Depois de passar por exames, na primeira semana de 2025, recebeu o laudo autorizando o tratamento fora de Rondônia.

Rede de apoio

Apesar dos desafios, Valdinéia tem recebido uma onda de carinho e cuidado dos seus familiares e das pessoas que conheceram sua história pelas redes sociais.

“É um momento delicado, muitas pessoas mandam mensagens e desejam um parto tranquilo. Não tenho palavras para explicar, só posso agradecer”, afirma.

A jovem mãe deve ir para Goiânia (GO) para aguardar o parto. Depois de nascerem, Nathaly e Rhadassa serão avaliadas para dar início ao procedimento de separação.

Da direita para a esquerda Rosiane (mãe), Valdinéia (gestante) e Lindinalva (amiga de infância de Valdinéia). Foto: Mateus Santos/g1

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Cristiano não viaja ao Irã por risco de receber 99 chibatadas

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Cristiano Ronaldo está na rota de seu 100º gol – Instagram/@alnassr

Astro português será desfalque do Al-Nassr em Teerã por possível punição por adultério, de acordo as leis locais, informou o diário espanhol ‘Marca’

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Cristiano Ronaldo será desfalque do Al-Nassr no jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Ásia por um motivo inusitado. A equipe da Arábia Saudita encara nesta segunda-feira, dia 3, Esteghlal, do Irã, país onde o astro português pode ter problemas ao entrar.

De acordo com jornais estrangeiros como o Marca, da Espanha, Cristiano não viajou a Teerã, pois poderia ter de enfrentar uma punição de até 99 chibatadas por uma atitude que pode ser configurada como adultério nas leis locais.

Especial: O papel do futebol na abertura da Arábia Saudita ao mundo

O denúncia se refere a um caso de 2023, quando Cristiano Ronaldo, na véspera de uma partida contra outro clube iraniano, o Persépolis, foi gravado dando um abraço e um beijo na testa de Fatemeh Hammami Nasrabadi, uma artista iraniana que sofre de uma deficiência e pinta com os pés.

De acordo com a lei iraniana, o gesto pode ser considerado adultério, pois apenas o marido pode beijar sua esposa. PLACAR procurou o Al-Nassr para confirmar a história, mas não teve retorno até o momento. Titular absoluto e na rota de seu milésimo gol, CR7 não consta na lista de relacionados divulgada pela equipe de Riade.

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Batida entre dois ônibus deixa mais de 30 mortos na Bolívia

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Um choque entre dois ônibus de passageiros deixou pelo menos 37 mortos e 30 feridos neste sábado (1º) em uma estrada próxima da cidade de Uyuni, em Potosí, no sul da Bolívia, informou a polícia à AFP.

O acidente, o mais grave deste ano, ocorreu em uma estrada estreita de mão dupla entre Potosí e Oruro na madrugada deste sábado.

“Até o momento, temos 37 mortes já confirmadas, 35 adultos e duas crianças”, afirmou o coronel Wilson Flores à AFP. São “30 feridos aproximadamente”, acrescentou o oficial.

As causas do acidente não foram confirmadas, mas a polícia detalhou que um dos veículos teria invadido a faixa contrária.

De acordo com as autoridades, um dos motoristas, que está em estado grave, apresentava “hálito alcoólico”, por isso foi submetido a um exame de sangue para comprovar se estava dirigindo embriagado.

Um dos veículos se dirigia à cidade de Oruro, onde se celebra neste fim de semana o Carnaval de Oruro, uma das maiores festas da América Latina, que atrai dezenas de milhares de pessoas.

Nas estradas da Bolívia morrem cerca de 1.400 pessoas por ano, principalmente por imprudência dos motoristas e falhas mecânicas, segundo números do Ministério de Governo.

Neste ano, 64 pessoas morreram em acidentes de trânsito até o final de fevereiro apenas em Potosí, informou a polícia em um relatório anterior ao acidente deste sábado.

Em fevereiro, 29 pessoas morreram quando um ônibus caiu por um abismo de 800 metros na localidade de Yocalla, também em Potosí.

Potosí concentra 10,6% de todos os acidentes de trânsito com mortos, de acordo com o Observatório Boliviano de Segurança Pública.

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Benefícios por incapacidade e pensões por morte serão revisados pelo INSS; entenda

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Para quem tem pensões por morte e incapacidade entre 2002 e 2009 terão os benefícios revisados – Foto: Divulgação/Gov.br/ND

Cerca de 140 mil benefícios por incapacidade e pensões por morte serão revisados pelo INSS

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) iniciará uma revisão de aproximadamente 140 mil benefícios por incapacidade e pensões por morte, concedidos entre 17 de abril de 2002 e 29 de outubro de 2009.

A medida ocorre por determinação judicial e envolve casos que não passaram pela revisão automática realizada em 2012, no chamado processo de revisão do Artigo 29, inciso II.

Para atender à demanda, o prazo para a regularização automática desses benefícios, anteriormente previsto para encerrar em março, foi prorrogado até 31 de dezembro deste ano.

Segundo o INSS, a revisão será realizada manualmente e contemplará apenas os benefícios que já estavam sob análise judicial, não sendo possível solicitar a inclusão de novos casos.

O que motivou a revisão das pensões por morte e incapacidade?

Entre 2002 e 2009, o cálculo do valor dos benefícios considerava 100% do período de contribuição do segurado, conforme previsto na legislação da época. No entanto, uma ação civil pública determinou que, mesmo nesses casos, os 20% menores salários de contribuição deveriam ser descartados no cálculo da média.

Com a decisão judicial, o INSS está corrigindo os benefícios para aplicar a regra que considera apenas os 80% maiores salários de contribuição. O diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS, Vanderlei Santos, explicou que essa revisão é parte do cumprimento de um acordo estabelecido com a Justiça.

A advogada previdenciarista Adriane Bramante destaca que essa correção é positiva, pois pode resultar em um aumento na renda dos beneficiários. “Quando os menores salários são descartados, a média salarial tende a aumentar, refletindo positivamente no valor final do benefício”, afirma.

Mudanças na legislação

A revisão dos benefícios tem como base a publicação do Decreto 6.939/09, que alterou o Regulamento da Previdência Social. Com isso, o INSS passou a aplicar a regra do artigo 29, inciso II, da Lei 8.213/91, modificada pela Lei 9.876/99, que estabelece o cálculo com base na média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição.

Pensões por morte também serão revisadas. – Foto: Justiça Federal/Divulgação/ND

Embora a revisão automática tenha sido realizada em 2012, alguns casos ficaram pendentes devido a dificuldades sistêmicas. Agora, esses benefícios residuais estão sendo revisados manualmente.

Pensões por morte e incapacidade: como verificar se seu benefício será revisado?

Os segurados podem consultar se seu benefício está sendo revisado por meio do site ou aplicativo Meu INSS. O acesso é feito com CPF e senha cadastrados no sistema gov.br. No menu, basta buscar por “revisão” e acessar a seção de “Histórico de Crédito de Benefício”.

Caso haja diferenças positivas na revisão, o segurado será notificado pelo Meu INSS e um requerimento de pagamento será gerado com as informações sobre os valores devidos.

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