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Governo quer intensificar atuação do Exército no combate ao crime organizado nas fronteiras do Acre e Rondônia

As ações foram iniciadas em 15 de janeiro último e continua em andamento, com operações preventivas e repressivas aos ilícitos no estado do Acre e Rondônia

Com o apoio de diversos órgãos de segurança pública, a ação foca na repressão de crimes transfronteiriços por meio de bloqueios estratégicos e patrulhamentos intensivos em áreas vulneráveis. Foto: divulgação 

A 17ª Brigada de Infantaria de Selva, o Comando de Fronteira Acre e o 4º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro intensificaram suas atividades nas regiões fronteiriças da Amazônia com a realização da Operação Curaretinga I. A ação é uma resposta ao agravamento da crise em Rondônia, que tem registrado aumento nas atividades de organizações criminosas, especialmente no tráfico de armamentos e munições destinados à capital, Porto Velho.

Com o apoio de órgãos de segurança pública, a operação visa reprimir crimes transfronteiriços e combater o avanço dessas organizações. As atividades incluem ocupação de pontos de bloqueio estratégicos, patrulhamento ostensivo e ações repressivas em áreas identificadas como vulneráveis. A estratégia segue o modelo interagências, integrando esforços do Exército com as polícias estaduais e federais.

Segundo fontes do comando militar, as operações não apenas visam conter o fluxo ilegal de armas, mas também aumentar a segurança nas regiões de fronteira e dissuadir a atuação de grupos criminosos que têm ampliado sua influência na região.

A Operação Curaretinga I coordenada por militares do Exército Brasileiro, conta com tropas do Grupo Especial de Fronteira Acre (GEFRON), Polícia Militar de Rondônia, Polícia Militar do Acre, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal.

A ação é uma resposta ao agravamento da crise em Rondônia, que tem registrado aumento nas atividades de organizações criminosas, especialmente no tráfico de armamentos e munições destinados à capital, Porto Velho.

A operação ocorre em um momento crítico para Rondônia, onde o fortalecimento do controle fronteiriço é visto como essencial para mitigar a violência urbana e o avanço do crime organizado.

Atuação do Exército nas Fronteira.

Atualmente, o Exército já realiza operações episódicas nas fronteiras, mas a discussão atual envolve o incremento dessas atividades. O patamar legal permite a atuação em uma faixa de até 150 quilômetros da fronteira, sem a necessidade de um decreto de Garantia de Lei e Ordem (GLO).

Por que intensificar a atuação nas fronteiras?

Conforme as informações confirmadas, o intuito é fazer com que as Forças Armadas assumam um papel mais contundente no patrulhamento dessas áreas, trabalhando em conjunto com a Polícia Federal. O foco é aprimorar a segurança e coibir a entrada de armamentos e drogas provenientes de outras nações sul-americanas.

O desafio da fronteira do Brasil

O Brasil possui uma fronteira extensa, contabilizando cerca de 16 mil quilômetros que se conectam a dez dos 12 países da América do Sul, com exceção de Chile e Equador. Devido à essa amplidão, o desafio é grande. Os discursos apontam para a necessidade de recursos específicos para realizar ações efetivas nas bordas territoriais. No entanto, não há ainda um posicionamento definitivo sobre o aumento do contingente de militares para essa finalidade.

Com o anúncio previsto para a próxima semana, espera-se que a estratégia do governo fique mais clara e se materialize em medidas concretas para enfrentar as organizações criminosas que operam transnacionalmente e afetam a segurança e a estabilidade do Rio de Janeiro e do país como um todo.

A operação faz parte de um esforço conjunto entre as forças de segurança para conter o avanço das facções criminosas e garantir maior controle sobre o território fronteiriço. Foto: divulgação 

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Publicado por
Marcus José