Governo quer criar postos de atendimentos permanente aos refugiados no Alto Acre

Novos debates irão acontecer para traçar metas direcionadas aos imigrantes – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima

Após quatro anos de imigração no Acre, setores ligados ao Movimento Nacional Social, MDA, Direitos Humanos, setores do governo do Acre e secretarias de Ação Sociais dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia, estiveram reunidos no gabinete do prefeito Everaldo Gomes, para tratar de assuntos direcionados aos imigrantes.

Rota dos imigrantes até chegar em Brasiléia

Como todos sabem, desde 2010, cerca de 15 mil imigrantes entraram no Brasil pelo estado do Acre. Neste período, todos receberam abrigo, atendimento médico, alimentação e maioria saíram com carteira de trabalho assinada por empresas do sul do País, mas poucos continuam empregados.

O governo do Brasil por sua vez, já investiu milhares de reais para ajudar os imigrantes e o Acre, é o único da américa do sul a ter um abrigo exclusivo e vem recebendo os que passam pelo Panamá, Equador, Peru e as vezes, Bolívia. Neste meio, já se tem registro de haitianos, senegaleses, africanos e asiáticos, entre outros.

Nestes quatro anos, vários locais foram improvisados; hotel, casa, ginásios e por último, um antigo clube esportivo. Neste, segundo registro do início de janeiro, quase 1500 imigrantes chegaram a se espremer enquanto esperavam pelos documentos e visto de entrada no Brasil e com esses novos postos, o número poderá quadruplicar.

Enquanto o Acre decreta estado de emergência pela segunda vez, representantes deixaram claro que, o Brasil através do Acre, continuará a receber os imigrantes e nada mudará no calendário nos próximos meses e provavelmente, nos próximos anos.

Setores ligados ao trabalho social dos dois municípios estiveram presente – Foto: Alexandre Lima

NOVOS CENTROS DE APOIO

Um dos pontos levantados durante a reunião, foi a necessidade de mais locais de apoio para receber os imigrantes. Uma das ideias colocada na mesa, seria criar cerca de mais quatro; um na cidade de Assis Brasil, mais dois em Brasiléia (sendo um exclusivo para os menores e outro para mulheres) e por último, na cidade de Epitaciolândia.

Fato esse muito debatido entre os representantes de Brasileia e Epitaciolândia, pois, os dois estão com problemas sociais e habitacionais. Sem falar que a opinião dos munícipes tem que ser levado em conta juntamente com suas mazelas. Segundo a secretária nacional de Assistência Social, Valeria Goneli, os municípios que possam aderir as ideias expostas, poderão receber ajudar do governo federal.

Novos postos de atendimentos aos imigrantes poderão surgir em várias cidades da fronteira – Foto: Alexandre Lima

FORA DA REALIDADE

Um dos representantes da Secretaria de Direitos Humanos do Acre que esteve na reunião, tentou expor uma ideia de que o Acre, através da BR 317 (Estrada do Pacífico) está se tornando uma realidade na integração do Brasil para o resto do mundo.

Complementou dizendo que a vinda dos imigrantes seria uma consequência, mas nem por isso, o Acre (e o Brasil) poderia deixar de transmitir uma mensagem de ser acolhedor e amigo, mas não souberam explicar o porque, pouco foi feito pelo Município e o dinheiro mandado, quase nada chegou para que fosse reabastecido os postos de saúde que estão ficando sem remédios.

MUITO A DEBATER

Em dado momento, os ânimos foram exaltados, já que o assunto é delicado. Mas, ficou decidido que novas reuniões ainda estão por acontecer. As secretarias de ação sociais dos Municípios e prefeitos, serão visitados para debater o assunto.

O certo é que, os municípios de Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia estão prestes a se tornar colônia de imigrantes permanente, onde poucos irão e outros continuarão a lucrar com a desgraça de quem está fugindo da miséria e da pobreza.

Abrigo em Brasiléia chegou a ter quase 1500 imigrantes e a capacidade é para 300 – Foto: Alexandre Lima

 

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