Governo não cumpre promessa e comerciantes são cobrados pela SEFAZ na fronteira

Sebastião Viana se esquivou em falar sobre o caso dos empresários na fronteira – Foto: arquivo

Alexandre Lima

Os comerciantes que sofreram com a enchente de 2012, quando Brasiléia foi assolada pela maior enchente nos seus 103 anos de existência, foram esquecidos pelo Governo do Acre que quase nada fez para ajudar. Como todos sabem, os empresários chegaram a perder quase todo seu estoque de mercadoria que sequer puderam vender para pagar.

Alguns denunciam que estão sendo acionados judicialmente pela Secretaria da Fazenda do Acre (SEFAZ), mesmo depois de ser anunciado que o órgão não iria incomodar neste caso, uma vez que seria facilitado modos de ampliação de prazos entre outros meios, para dar fôlego aos comerciantes.

Mâncio Cordeiro prometeu que os comerciantes afetados seriam cobrados – Foto: arquivo

O governo do Acre, na pessoa do gestor Sebastião Viana e seu ex-secretário, Mâncio Cordeiro, vieram à Brasiléia no mês de Março na companhia de deputados federal e estadual a convite da Associação e Sindicato dos comerciantes, para dizer que o Estado não iria importunar os comerciantes e a construção de uma nova ponte.

Sebastião pouco falou sobre o caso dos comerciantes que estão tentando sobreviver. Se preocupou mais em realizar uma espécie de propaganda eleitoral no auditório lotado dizendo que irá investir cerca de 12 milhões de reais numa nova ponte, no mesmo padrão da existente.

Foi anunciado que no dia 10 de Abril passado, estaria assinado a ordem para realizar a licitação e data de início da obra, fato esse não anunciado e praticamente passou em branco às autoridades e munícipes da fronteira.

Somente neste final de semana, foram quase 100 carretas que chegaram na fronteira com os mais variados produtos para as distribuidoras que usufruem de isenção fiscal, devido a área de livre comércio da fronteira. Mas, sequer tem um balcão de atendimentos para os pequenos comerciantes.

Toda essa mercadoria volta para a Capital as vezes sem que desçam da carreta e os impostos retidos engordam os bolsos do proprietários. As mercadorias somente são compradas pelos pequenos comerciantes após visitas dos vendedores e as despesas e novos impostos ficam por conta da população.

Isso está sendo combatido pelos sindicatos e associações que estão dispostos a denunciar esse descaso do Estado e das distribuidoras, onde já estão elaborando documentos para encaminhar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), para que tome providências em relação à possíveis formação de ‘carteis’ de empresas que se beneficiam dos incentivos de impostos federais praticando o crime de descaminho e sonegação fiscal.

Reveja vídeo onde o ex-secretário e agora pré-candidato, Mâncio Cordeiro promete não molestar os comerciantes.

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Alexandre Lima