Governo lança força-tarefa para reduzir nº de imigrantes em Brasiléia

Ideia consiste em incentivar haitianos a seguir viagem para outros estados.
‘Eles não vieram para ficar no Acre’, diz secretário de Direitos Humanos.

Da redação, com o G1

Haitianos em abrigo na cidade de Brasiléia (AC) (Foto: Luciano Pontes/ Secom Acre)

A superlotação no abrigo improvisado em Brasiléia para receber imigrantes que estão entrando pela fronteira do Brasil com o Peru, em sua maioria haitianos, levou o governo do Acre, por meio da Secretaria de Direitos Justiça e Direitos Humanos do estado (Sejudh), a desenvolver uma força-tarefa. O objetivo é diminuir o número de pessoas retidas no local, que abriga atualmente 1100 pessoas (dados atualizados nesta terça-feira, 28), e tem capacidade para 300.

A ideia consiste principalmente em convencer os imigrantes a seguir viagem para os locais onde pretendem viver e trabalhar. Segundo o secretário de Direitos Humanos Nilson Mourão, o trabalho deve ser desenvolvido por uma equipe da Secretaria de Estado e Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e a Defesa Civil, responsáveis pela gestão, com base no decreto de emergência.

“Temos um número muito grande de imigrantes retidos que já estão documentados e tem todas as condições de seguir seu destino. Uma equipe de cinco pessoas está dentro do abrigo conversando com eles. Eles não vieram para ficar no Acre”, comenta o secretário.
A entrada e saída de haitianos no abrigo era equilibrada devido a contratação destes imigrantes por empresas de outros cidades do centro-sul do país. Mas durante este período de férias na companhias, o fluxo fica retido.

“Nós vamos incentivá-los a seguir o seu destino por conta própria, mostrar a eles que as empresas estão com dificuldade de vir fazer as contratações, e ao mesmo tempo convidar mais empresas para contratá-los. Nisso consiste a força tarefa, todos os dias a gente tem que mandar um número grande de pessoas para facilitar a administração do abrigo”, explica.

 

 

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Publicado por
Alexandre Lima