O Acre foi o primeiro estado a sediar a fase estadual da conferência. Para o ministro, iniciar o ciclo de debates no estado é um gesto simbólico. Foto: captada
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou durante visita a Rio Branco, nesta terça-feira (16), o repasse de R$ 1 milhão para a modernização da Rede Nacional de Emprego (Sine) no Acre. O recurso será destinado à reestruturação do sistema de intermediação de mão de obra, com o objetivo de aproximar empresas e trabalhadores e ampliar as oportunidades de acesso ao mercado de trabalho no estado.
O anúncio ocorreu na abertura da etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho, que reúne governo, empregadores e trabalhadores em debates tripartites para a construção de políticas públicas de fortalecimento do trabalho. Marinho destacou a importância de colocar o tema no centro das prioridades nacionais: “O presidente Lula sempre tratou esse tema com seriedade, e as conferências são fundamentais para construirmos políticas públicas consistentes”.
Entre os presentes estiveram o governador do Acre, Gladson Cameli, o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanipal Mesquita, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, e o diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Vinícius Pinheiro.
O secretário da Seict, Assurbanipal Mesquita, destacou o crescimento do setor produtivo no Acre, com avanços no agronegócio e expansão de culturas como soja, milho e café. Ele também citou a pecuária e a suinocultura como atividades em expansão, responsáveis por novas oportunidades de emprego e renda.
“Estamos vivendo um bom momento, mas também enfrentando desafios como a integração internacional e o fortalecimento das exportações. O Acre já busca novas rotas de comercialização com o Peru e avança em setores estratégicos”, afirmou Mesquita.
O ministro ressaltou que as transformações tecnológicas e sociais exigem novas respostas do poder público. Ele citou a inteligência artificial, a transição energética e as mudanças climáticas como fatores que impactam diretamente a dinâmica das relações de trabalho.
Outro ponto abordado foi a necessidade de ampliar a participação feminina no mercado. Marinho destacou que muitas mulheres enfrentam barreiras estruturais, como a falta de creches e políticas de cuidados, o que as impede de buscar emprego.
Governador Gladson Cameli com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Foto: cedida
Segundo dados apresentados por Marinho, o Brasil registra atualmente taxa de 5,6% de desocupação, equivalente a cerca de 6 milhões de pessoas. Apesar do índice ser um dos mais baixos da história, o ministro reforçou que o governo pretende avançar na geração de empregos e na valorização da renda.
Ele também defendeu a aprovação da proposta que isenta do Imposto de Renda trabalhadores que recebem até R$ 5 mil, medida que beneficiaria mais de 20 milhões de brasileiros. “O Congresso precisa facilitar a vida da população”, pontuou.
O Acre foi o primeiro estado a sediar a fase estadual da conferência. Para o ministro, iniciar o ciclo de debates no estado é um gesto simbólico. “Queremos mostrar a importância de ouvir todos os segmentos. Pensar políticas públicas exige responsabilidade e escuta ativa. O Acre tem muito a ganhar quando governo, empresários e trabalhadores atuam juntos”, disse.
Encerrando sua fala, Marinho ressaltou o papel democrático do encontro. “Nosso objetivo é construir convergências, fortalecer o trabalho decente e melhorar a qualidade de vida das famílias brasileiras”, concluiu.