Governo espera que o Ministério Público prenda ‘imediatamente’ mandado de prisão contra Morales

O ministro da Presidência, Yerko Núñez, disse na segunda-feira “que é apropriado ter o mandado de prisão, algo que pode ser punido por quem cometeu fraude, fez sedição e incentivou atos de terrorismo”.

A razão digital / Rubén Ariñez / La Paz

Morales assina seu pedido de refúgio na Argentina. Foto: @faanselmi

O governo espera que “imediatamente” o Ministério Público emita o mandado de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, a quem eles sindicam como autor de fraudes eleitorais e promotor de sedição e terrorismo nos protestos que atingiram o país após sua renúncia.

A posição foi definida nesta segunda-feira pelo ministro da Presidência, Yerko Núñez, em entrevista coletiva.

“Submetemos tudo ao Ministério Público, esperamos que exista um mandado de prisão imediato, que é o que corresponde”, afirmou.

No entanto, ele ressaltou que não cometerá “interferência em poderes independentes, mas aplicaremos a lei” e permanecerá expectante nesse caso ao mesmo tempo, disse ele, da população que apóia essa premissa.

“Aqui, o que corresponde é poder ter o mandado de prisão, algo que pode ser sancionado por quem cometeu fraude, fez sedição e incentivou atos de terrorismo”, insistiu.

O ministro do governo, Arturo Murillo, denunciou Morales e seu ex-ministro Juan Ramón Quintana pelos crimes de sedição e terrorismo depois de revelar um vídeo em que uma conversa atribuída ao ex-presidente é ouvida, na qual os bloqueios estão planejados para deixar sem comida as cidades bolivianas.

Sob o mesmo argumento, um grupo de bolivianos levou a ação contra Morales, refugiado na Argentina desde quinta-feira passada, ao Tribunal Penal Internacional de Haia, que agora analisa sua admissão.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Assessoria