A expecativa é que o Estado arrecade cerca de R$ 2,2 bilhões somente com ICMS. Da fatia global da LOA, os Poderes devem ter 16,1% do bolo. Foto: captada
O governo do Acre projetou um orçamento de R$ 13,8 bilhões para 2026, durante a apresentação da Lei Orçamentária Anual (LOA) feita pelo secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, em audiência pública na Assembleia Legislativa (Aleac) nesta quinta-feira (11). Brandão afirmou que a gestão Gladson Cameli tem o compromisso de entregar o Estado “saneado” ao próximo governo, diferentemente da situação encontrada em 2019.
O secretário destacou indicadores econômicos positivos: o PIB acreano cresceu 14,7% – “mais que o país e cinco vezes mais que a região Norte” – e a renda per capita atingiu R$ 31,6 mil. Além disso, o Valor Bruto da Produção Agropecuária aumentou 11%, com crescimento associado ao controle do desmatamento.
Do total do orçamento, cerca de R$ 8 bilhões virão de recursos federais, especialmente do Fundo de Participação dos Estados (FPE), e a arrecadação própria com ICMS deve chegar a R$ 2,2 bilhões. Os Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) devem receber 16,1% da dotação global.
O projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), referente ao ano de 2026, começa a ser discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quinta-feira (11). Foto: captada
A LOA será votada nos dias 16 e 17 de dezembro na Aleac. O governo também confirmou reajuste de 5,08% para todos os servidores em 2026, mas descartou, por ora, a criação de novos planos de carreira (PCCRs).
— Temos um compromisso do governo Gladson Cameli de entregar o Estado saneado. Não foi da mesma forma que recebemos em 2019. Vamos entregar o Estado com todas as contas pagas — declarou Brandão, sendo aplaudido pelos presentes.
— A medida que a economia se expande, o reflexo expande na vida dos cidadãos. Nós tivemos essa marca: é possível crescer sem desmatar — pontuou.
A apresentação ocorre em ano pré-eleitoral e busca projetar imagem de gestão responsável frente aos eleitores. A dependência de transferências federais (58% do orçamento) segue como característica estrutural das finanças acreanas, mesmo com crescimento econômico recente.
“Vamos entregar o Estado com todas as contas pagas”, diz secretário sobre orçamento 2026. Foto: captada