Governo do Acre decide manter secretários e contrato com empresas

José Fernandes do Rêgo (Relações Institucionais), diz que o governo não fará demissões para se manter a presunção da inocência (Foto: Renata Moura/Agazeta.Net)

O governo do Estado do Acre decidiu na tarde desta sexta-feira manter nas respectivas funções seus auxiliares pesos pela Polícia Federal na Operação G-7. Três integrantes da alta cúpula do governo são acusados de facilitar fraudes em licitações de obras de infraestrutura.

Entre os pesos estão o secretário de Obras, Wolvenar Camargo, o diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) Gildo César e o ex-secretário de Habitação Aurélio Cruz, que em abril foi nomeado como assessor especial do governador.

Em entrevista concedida nesta sexta-feira, 10, ao Gazeta Entrevista, o secretário José Fernandes do Rêgo (Relações Institucionais), o governo não fará demissões para se manter a presunção da inocência, evitando pré-condenações. Segundo ele, o governo acredita na inocência de seus gestores e esta “tranqüilo” quanto às denúncias.

Procurador David Laerte, durante entrevista (Foto: Renata Moura/Agazeta.Net)

“Se alguém cometeu erro deve ser julgado seguindo os princípios da contradição, garantidos seus direitos de defesa. Se for culpado, deve ser punido”, afirma Rêgo. Quanto aos contratos do governo com as empresas investigadas, ele também declara que não haverá rescisões até o transito em julgado do processo.

Rêgo diz que os principais programas de infraestrutura do governo, como o Ruas do Povo e Cidade do Povo, e que foram alvo de atuação do grupo, serão mantidos sem prejuízos ao cronograma e ao atendimento social.

Quanto à atuação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) no caso, o procurador David Laerte diz que ela ficará restrita ao campo administrativo para acompanhar o uso de equipamentos e documentos apreendidos pela Polícia Federal nos órgãos públicos. A defesa dos secretários, ressalta ele, ficará a cargo dos respectivos advogados. Segundo ele, a PGE pode atuar como defesa eventualmente se for de “interesse público”.

Fábio Pontes – A Gazeta.net

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Publicado por
Alexandre Lima