Governo brasileiro elogia eleição no Equador e parabeniza presidente eleito

A nota enviada pelo Ministério das Relações Exteriores salienta o clima de harmonia e tranquilidade com que as eleições ocorreram

O banqueiro equatoriano Guillermo Lasso venceu as eleições e tornou-se o primeiro candidato a derrotar o correísmo desde a ascensão de Rafael Correa ao cenário político – Foto: Agência Press South

Renato Barcellos, da CNN

O Governo brasileiro, por meio do Itamaraty, felicitou o povo equatoriano pela realização do segundo turno das eleições presidenciais neste domingo (11) e cumprimentou os recém-eleitos Presidente e Vice-Presidente da República do Equador, Guillermo Lasso e Alfredo Borrero.

A nota enviada pelo Ministério das Relações Exteriores salienta o clima de harmonia e tranquilidade com que as eleições ocorreram e saudou o “papel dos observadores eleitorais independentes, em especial da Missão de Observação da OEA, que contribuíram para assegurar a legitimidade do sufrágio”.

Neste domingo, o banqueiro equatoriano Guillermo Lasso venceu as eleições e tornou-se o primeiro candidato a derrotar o correísmo desde a ascensão de Rafael Correa ao cenário político do país, em 2007. Lasso obteve 52% dos votos, contra 48% de Andrés Arauz, ex-ministro de Correa.

A abstenção em larga margem da população indígena, que no primeiro turno votou em peso no candidato Yaku Perez, foi decisiva para a vitória de Lasso. Um dos principais focos de oposição ao correísmo desde o tempo em que Correa era presidente, a Confederação Nacional Indígena do Equador (Conaie), defendeu a abstenção. Um em cada seis eleitores se abstiveram ontem.

Lasso substituirá Lenín Moreno, ex-vice de Correa, eleito em 2017, que rompeu com o padrinho político durante o mandato e se aproximou de setores conservadores e ligados ao mercado financeiro. Essa é a terceira eleição do banqueiro, que também foi derrotado por Correa em 2013.

Com propostas de reduzir o gasto público e atrair investimento privado, Lasso conseguiu o apoio de um país descontente com a crise econômica e a má gestão da pandemia. A crise durou praticamente todo o governo de Moreno, parte em consequência da queda do barril do petróleo e o alto custo do aparato estatal.

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Publicado por
Marcus José